Segundo o filho do jornalista, Ivo, presidente do Instituto Vladimir Herzog, o pedido de mudança, acolhido pela Justiça, já transitou em todas as fases do Judiciário. "Falta apenas a expedição do documento pelo cartório", disse.
A esperança da família é que o novo atestado fique pronto até quinta-feira, 24.
Herzog trabalhava na TV Cultura e foi convocado pelas autoridades militares, durante a ditadura, para prestar depoimento na sede do DOI-Codi, um dos principais núcleos da repressão no País. Ele se apresentou, foi detido e, segundo as autoridades da época, cometeu suicídio na cela.
A versão oficial foi desmentida e o Estado reconheceu a culpa. Para completar o processo, segundo a família, faltava a expedição da nova certidão de óbito.
Em dezembro, ao rejeitar um recurso administrativo do Ministério Público, que não concordava com os termos da nova certidão, o corregedor do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador José Renato Nalini, afirmou que o compromisso dos Registros Públicos é com a verdade real. "O anacronismo da cultura jurídica ainda não se compenetrou de todo com a atual realidade brasileira, resultado da opção constituinte por verdadeira constitucionalização da ordem jurídica", afirmou.
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