Passados oito anos, a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, diz que nada disso aconteceu. Dados do IBGE revelaram que, nas regiões mais beneficiadas pelo programa de transferência de renda, a taxa de emprego aumentou, ao mesmo tempo que caiu a fecundidade. Ela falou isso durante conversa de quase uma hora com o repórter, na quinta-feira da semana passada. Parte da entrevista está reproduzida na edição de hoje do Estado. A seguir, os trechos em que ela rebate as críticas:
Trabalho: "Os números do Censo do IBGE não comprovaram nenhuma das críticas. O que se observa é que o emprego e a renda do trabalho tiveram maior crescimento exatamente nas regiões onde houve mais transferência de renda por meio do Bolsa Família. Houve uma dinamização da economia local. Isso desmente aquelas afirmações de que a população ia deixar de trabalhar e se acomodar com o dinheiro do Bolsa Família. Quem mais defende o programa hoje são comerciantes, prestadores de serviços, empresários do setor industrial. Enfim, está provado que não estimulou a preguiça e o desinteresse das pessoas por empregos. O índice de emprego está bombando nas regiões mais beneficiadas."
Fecundidade: "Diziam que a transferência de renda para os mais pobres provocaria um aumento na taxa de fecundidade. O que se viu, porém, foi o contrário: a taxa caiu em todas as regiões do Brasil, mas a queda foi maior onde teve mais Bolsa Família."
Gastos: "Uma terceira crítica que faziam se referia aos gastos das famílias. Todas as pesquisas mostram que elas gastam o dinheiro em alimentos, material escolar e medicamentos."
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