O objetivo da comissão, criada por decisão da congregação da escola, é examinar e esclarecer violações de direitos humanos ocorridas no período da ditadura militar, entre 1964 e 1985, no âmbito da instituição. Os seus integrantes foram nomeados nesta semana pelo diretor da faculdade, Antonio Magalhães Filho.
Por meio de portaria assinada na quarta-feira, 9, ele indicou como presidente da comissão o professor Gilberto Bercovici, titular da cadeira de drieito econômico e economia política. Os outros docentes nomeados foram Ana Elisa Liberatore Silva Bechara, professora associada do departamento de direito penal, e Geraldo Miniuci Ferreira Júnior, do departamento de direito internacional.
Os professores haviam sido previamente escolhidos por meio de votação entre seus pares. Os representantes do corpo discente e dos servidores da escola também foram eleitos.
Os estudantes cujos nomes aparecem na portaria são Lucas Bulgarelli, Luccas Cartocci e Tais Chartouni Rodrigues. Os servidores são Odesildo Olímpio de Macedo, Aníbal Ribeiro Cavali e Alexandre Pariol Filho.
A primeira reunião do grupo foi realizada no dia 12 de dezembro. Na ocasião foi definido o regimento interno. Também ficou decidido que será criado na faculdade um grupo de estudo sobre justiça de transição.
Representantes da Comissão Nacional da Verdade deverão ser convidados para a cerimônia de instalação da Comissão do Largo São Francisco. Entidades de defesa de direitos humanos do Estado e do municípios também serão convidadas.
Com a instalação oficial da comissão da Faculdade de Direito, as atenções voltam-se agora para a Reitoria da USP, onde tramita um pedido de criação de um órgão semelhante. A diferença é que abrangeria todas as unidades da universidade.
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