A família sempre reivindicou a mudança no atestado de óbito. Recorreu à Justiça, com o apoio da Comissão da Verdade, e agora, passados 37 anos, a alteração foi efetuada em cartório.
Onde aparecia como causa da morte a expressão "asfixia mecânica por enforcamento", passa a constar: "Morte por decorrência de lesões e maus tratos sofridos durante o interrogatório em dependência do 2.º Exército (DOI-Codi)".
A entrega será feita no Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (USP), durante um ato público para lembrar os 40 anos da morte de outro perseguido político, Alexandre Vannuchi Leme. Ele estudava geologia e militava na Aliança Libertadora Nacional (ALN).
Detido e levado à sede do mesmo DOI-Codi, morreu no dia 17 de março de 1973. De acordo com a versão oficial, teria sido atropelado por um caminhão, ao tentar fugir. Segundo outros presos políticos, também foi torturado até a morte.
A cerimônia na USP está prevista para as 12 horas.
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