A Casa da Morte é o nome como ficou conhecido o local de operações clandestinas que o Centro de Informações do Exército (CIE) montou e manteve no centro de Petrópolis, na década de 1970. Os fatos ali ocorridos são citados recorrentemente na literatura sobre violações de direitos humanos no período do regime militar. Cerca de vinte presos políticos teriam sido executados na casa.
O jornal O Globo publicou dias atrás uma reportagem com um militar que atuou no centro clandestino, o tenente-coronel reformado Paulo Malhães, mais conhecido na época pelo seu codinome, Doutor Pablo. O delegado aposentado Claudio Guerra, que atuava em operações conjuntas da polícia civil com o Exército, também fez referências à casa no livro Memória de Uma Guerra Suja, lançado em maio.
As primeiras referências públicas ao centro clandestino, localizado na Rua Arthur Barbosa, 668, no centro de Petrópolis , foram feitas pela ex-presa política Inês Etiene Romeu. Ela esteve detida na casa entre 8 de maio e 5 de agosto de 1971 e presenciou a passagem por ali de vários militantes de esquerda considerados desaparecidos.