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Vereadores de Campinas aprovam afastamento do prefeito Demétrio Vilagra

Estadão.com.br

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Por Jennifer Gonzales
Atualização:

Com 28 dos 33 votos possíveis, a Câmara Municipal de Campinas aprovou na noite desta quarta-feira, 19, o afastamento temporário do prefeito Demétrio Vilagra (PT). O prefeito deverá deixar o cargo durante o período de 90 dias - que é o prazo definido em lei para que sejam concluídas investigações de Comissão Processante instalada na Casa em agosto e que até o dia 17 deste mês estava suspensa por decisão judicial e foi retomada nesta quarta.

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A decisão da Câmara deverá ser publicada no Diário Oficial do Município provavelmente na sexta-feira, 21. Após a publicação, o cargo será ocupado pelo presidente da Câmara, Pedro Serafim (PDT) e a presidência da Câmara será ocupada pelo vereador Thiago Ferrari (PTB) - o primeiro vice-presidente. A Comissão Processante investiga a responsabilidade de Demétrio em irregularidades em contratos de prestação de serviços na Sanasa, apontadas em denúncias do Ministério Público Estadual (MPE). Em agosto, o então prefeito, Hélio de Oliveira Santos, o Dr. Hélio, havia sido cassado em decorrência do mesmo caso de corrupção.

"É preciso deixar muito claro que Demétrio Vilagra não está sendo cassado. Ele está apenas sendo afastado para que a Comissão Processante possa desempenhar seu papel fiscalizador de forma plena", afirmou o presidente da Câmara.

Esta é a segunda vez que a Câmara afasta Demétrio. No dia 24 de agosto, o plenário aprovou o afastamento por 29 votos, um dia após ser empossado, mas o prefeito recorreu à Justiça e conseguiu se manter no cargo - o que pode vir a ocorrer novamente. Os únicos votos contrários ao afastamento de Vilagra foram dados pelos três vereadores do PT e pelo único vereador do PCdoB.

Na tarde desta quarta-feira, 19, o prefeito foi notificado sobre o início dos trabalhos da Comissão Processante, data a partir da qual passa a contar o prazo de 90 dias para a conclusão das investigações. O prefeito terá 10 dias para apresentar a defesa e a comissão, mais cinco para decidir se prossegue o processo de cassação ou se arquiva a denúncia.

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 Foto: Estadão
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