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Transformação de Marina Silva em Jaguatirica já começou

Carol Pires, da Sucursal de Brasília

Por Camila Tuchlinski
Atualização:

Na última sexta-feira, dia 23, Marina Silva assistiu à exibição de fotos de sua trajetória política enquanto participava do programa "3 a 1", na TV Brasil. Ao rever a jovem acreana de cabelos esvoaçantes e roupas coloridas, teve um arroubo de saudosismo que a fez acordar, no dia seguinte, mais ousada. Maquiou o rosto, escolheu uma blusa estampada em verde, vermelho, azul e amarelo e trocou o habitual coque sóbrio por um rabo de cavalo, revelando os cabelos encaracolados.

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Foto: José Patrício/AE - 24.07.2010

Foi a primeira vez que Marina Silva apareceu em público assim desde que foi escolhida candidata a presidente pelo PV. A exceção não deve virar regra, avaliam aliados, que apostam, porém, que não será mais raridade a senadora andar por aí de cabelos ao vento. Pelo menos durante a campanha.

Impedida de tingir os cabelos por causa de alergias, Marina começou a domar os cabelos em coques apertados para esconder os fios brancos, afirma um assessor da senadora, negando que o penteado recatado fosse adotado por causa da religião dela, evangélica. Mas com a eleição, o corpo-a-corpo com o eleitor, e as diversas entrevistas na TV, Marina começou a receber sugestões para mudar o visual.

O novo penteado, mais solto, já foi experimentado em duas ocasiões. A primeira em entrevista à rádio 730 AM, em Goiânia, na semana passada, e de novo no último sábado, ao encontrar, em São Paulo, um militante criador do "Twitaço", movimento que causou milhares de citações à senadora na internet. Esta semana, ela reapareceu de coque em todas os eventos públicos.

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O marido de Marina, Fábio Vaz de Lima, conta que os cabelos soltos são novidade apenas fora de casa. "Em casa ela sempre variou". Mas diz que é uma percepção de todos a volta dela de que, como candidata, ela está mais radiante. "Todo mundo vê que ela esta muito contente com a campanha. Na visão dela, aquele papel de senadora estava esgotado e aí ela partiu para um desafio mais importante. Quem está por perto percebe essa beleza. Eu sinto ela muito feliz".

Diferente de Dilma Rousseff, candidata do PT à sucessão de Lula, que passou por uma transformação mais radical (fez intervenção cirúrgica, trocou a cor e o corte de cabelo e os óculos pelas lentes de contato), Marina só começou a testar maquiagens entre o final de abril e o começo de maio. Ela usou, em um primeiro momento, produtos hipoalergênicos, dispensados em seguida por serem caros e por, algumas vezes, terem causado irritação.

O maquiador da Marina, Marcos Padilha, encontrou, enfim, duas linhas de maquiagem apropriadas e a senadora aprovou o estilo do profissional que não desconfigurou seu estilo. As maquiagens são uma da MAC e outra Natura - empresa cujo dono é o vice de Marina, Guilherme Leal.

Quando Leal foi escolhido para o posto, o cartunista Maurício Ricardo disse, em mensagem publicada no Twitter, que Marina ficaria "uma gata" tendo um vice dono da Natura, e, de pronto, foi retrucado pela candidata: "Gata é pouco, vou ficar uma jaguatirica!".

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