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"Se o delegado não apresentar provas, eu vou", diz ex-assessor da campanha de Dilma

Por Rodrigo Alvares

Por Camila Tuchlinski
Atualização:

O jornalista e ex-assessor da campanha de Dilma Rousseff à Presidência Luiz Lanzetta respondeu na tarde de hoje às declarações do ex-delegado da Polícia Federal Onézimo Sousa, que afirmou ter provas de que a proposta de espionagem política partiu do comando do PT. "O delegado contou tudo sobre as investigações. Se ele não apresentá-las, eu vou mostrar o que tenho", afirmou Lanzetta.

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Da reunião em Brasília, realizada em abril, participaram Lanzetta, dono da empresa Lanza, ex-coordenador da área de comunicação da campanha petista, o empresário Benedito de Oliveira Neto, sócio das empresas Dialog e Gráfica Brasil, que prestam serviços ao governo federal, e o jornalista Amaury Ribeiro Júnior, que acusa Onézimo de ser o autor da proposta de espionagem política.

De acordo com Lanzetta, Benedito Rodrigues teria comparecido ao encontro no restaurante para "servir de testemunha". Ao Estadão, Onézimo disse os emissários petistas presentes, que teriam se apresentado em nome do ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel. "O Pimentel não teve nada, nada, a ver com essa história toda", reiterou Lanzetta. Ele também negou soubesse de tudo o que acontecesse dentro da campanha: "Chegaram a dizer que eu era um dos coordenadores da Dilma, isso é ridículo".

Questionado se teria tentado contratar Onézimo e outros arapongas para bisbilhotar o pré-candidato tucano à Presidência, José Serra, e o deputado Marcelo Itagiba (PSDB-RJ), além de interceptar ligações telefônicas de petistas, Lanzetta foi enfático: "Todo mundo sabe que o Itagiba é chefe de espionagem do Serra há anos. "Ele Itagiba tem 100 dossiês contra a base aliada, não era apenas contra o PT."

O consultor também aproveitou para dizer que vai "sair de férias" depois de tudo o que aconteceu. "Vou aproveitar para acompanhar a Copa do Mundo".

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