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Roberto Goés (PDT) e Clécio Luís (PSOL) vão ao 2º turno em Macapá

Atualizado às 21h29

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Por Redação
Atualização:

Alcinéa Cavalcante, especial para O Estado de S. Paulo

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Macapá - Preso na Operação Mãos Limpas em 2010, acusado de desvio de verbas públicas e fraudes em licitação, o atual prefeito de Macapá Roberto Góes (PDT) foi o mais votado. Com 98,41% das urnas apuradas, Góes tem 40,16% dos votos. Ele vai disputar o segundo turno com Clécio Luís do PSOL, que está com 27,88% dos votos.

Góes disse que esperava este resultado, que não tem medo de perder a eleição e que vai procurar os vereadores eleitos para reforçar sua campanha no segundo turno.

Apoiado pelo senador Randolfe Rodrigues, Clécio Luís disse que sua ida para o segundo turno mostra claramente que o PSOL é a alternativa política para aqueles que estão decepcionados com os grupos políticos que detem o poder no Amapá. Ele disse que vai procurar os deputados Milhomem (PCdoB) e Davi Alcolumbre (DEM), além de Genival (PSTU), derrotados na disputa pela prefeitura, em busca de apoio para o segundo turno, além de vereadores e outras forças políticas.

"Quero dialogar com todos, mas sem perder um milímetro da nossa independência. A nossa aliança é com o povo", ressaltou. Para o senador Randolfe Rodrigues, o resultado de hoje é um indicativo de que o povo "está dando um giro nos destinos da política amapaense." Ele diz também que "o PSOL está se consolidando como alternativa política e de massas, não só no Amapá, mas no Brasil."

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O PSB, partido do governador Camilo Capiberibe, amargou um terceiro lugar. Sua candidata, a deputada estadual Cristina Almeida, teve apenas 16,45% dos votos. Capiberibe parabenizou Roberto Góes e Clécio Luís. Reclamou que a Justiça Eleitoral tirou do ar a propaganda do governo, o que pode ter prejudicado a candidata e assegurou que em nenhum momento usou a máquina pública em favor da candidatura do PSB.

Em entrevista logo após o resultado, o governador que ainda não sabe qual a posição que seu partido tomará no segundo turno. "Isso será decidido pela Executiva Estadual", disse. Mas alfinetou os dois candidatos que passaram para o segundo turno. Sobre Roberto Góes ele disse que representa a "harmonia" -  grupo político que teve vários integrantes presos na Operação Mãos Limpas - e que, portanto, "é complicado sequer cogitar sentar à mesa para negociar com ele".

Sobre Clécio, ele disse que o PSOL é um partido que precisa ter mais identidade e clareza. "Eles se apresentam como o novo, mas em Santana se juntaram com a harmonia", disparou. É que em Santana, segundo maior colégio eleitoral do Amapá, o senador Randolfe Rodrigues apoiou o candidato do PTB que derrotou a candidata de Camilo Capiberibe.

 Foto: Estadão
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