SÃO PAULO - A Executiva municipal do PT de São Paulo, reunida na noite da terça-feira, 9, aprovou um documento rechaçando a possibilidade de construir uma candidatura em conjunto com o prefeito Gilberto Kassab (DEM) para a disputa de sua sucessão no ano que vem.
O objetivo da resolução aprovada por unanimidade é esfriar a temperatura das especulações que envolvem o futuro do prefeito, disposto a mudar de partido. Um das hipóteses estudadas por Kassab é a de integrar um partido da base de apoio da presidente Dilma Rousseff (PT), como o PMDB e o PSB. Por conta disso, chegou a ser aventada a possibilidade de ele assumir um ministério em Brasília após deixar a prefeitura, em 2012, já que não pode mais concorrer à reeleição. "Nossa posição é a de construir uma candidatura do PT, conversando com aliados, mas encabeçada por um nome do PT. Não há acordo com o governo Kassab, é uma questão de conteúdo", disse o presidente dos petistas paulistanos, o vereador Antônio Donato.
O DEM fez oposição ferrenha à gestão Lula e permanece no campo oposto a Dilma.
Diz trecho da resolução: "o PT reafirma a nossa oposição ao governo Kassab na cidade de São Paulo. O Partido dos Trabalhadores na cidade continuará lutando contra o sucateamento dos transportes públicos, a ausência de políticas para minimizar os efeitos das enchentes, a odiosa política higienista que expulsa a população pobre do centro da cidade, o autoritarismo que tomou conta das subprefeituras, a falta de planejamento da gestão pública que se reflete na falta de vagas nas creches, e na terceirização sem controle da saúde, entre outras políticas prejudiciais aos paulistanos. Neste sentido, esclarece que não existe nenhuma "negociação" com o atual prefeito, pois temos claro que existem concepções e projetos totalmente distintos para a cidade".
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