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Posse na Assembleia 7: Barros Munhoz cita Revolução Francesa para se defender de acusações

Daiene Cardoso e Gustavo Uribe

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Por Redação
Atualização:

Em seu discurso de posse como presidente reeleito da Assembleia Legislativa de São Paulo, o deputado Barros Munhoz (PSDB) citou a Revolução Francesa e o iluminismo para se defender das acusações sobre o desvio de R$ 3,1 milhões do período em que administrou a Prefeitura de Itapira (SP) e atacou os promotores responsáveis pela denúncia de improbidade administrativa e enriquecimento ilícito. "A presunção de inocência é uma conquista da humanidade, desde o iluminismo e a Revolução Francesa e está escrito na Declaração Universal dos Direitos Humanos", afirmou. Barros Munhoz foi reeleito nesta terça, 15, com a esmagadora votação de 92 dos 94 deputados estaduais.

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O deputado iniciou o discurso lembrando o começo da carreira política, em 1976, quando foi eleito prefeito de Itapira pela primeira vez. O tucano já obteve seis mandatos parlamentares e também foi ministro da Agricultura no governo Itamar Franco. "Administrei mais de R$ 50 bilhões nesses cargos e todas as minhas contas nesses cargos foram aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado e da União", disse.

De acordo com o deputado, a representação do Ministério Público contra sua gestão (1997-2004) ainda não foi julgada pelo Judiciário e faz com que ele se torne "vítima de calúnia e injúria". "Fui condenado sem ter sido julgado e sem sequer ter tido a oportunidade de apresentar minha defesa." O deputado disse que foi ferido em sua honra. "Não dói no corpo, dói na alma."

Barros Munhoz considerou que sua reeleição hoje para a presidência da Assembleia é uma "homenagem" aos políticos que, segundo ele, são perseguidos pelo Ministério Público. "Esta votação de hoje não é uma homenagem pessoal a mim, é uma homenagem a todos os que sofrem, os políticos honestos que labutam e que têm sido alvo da injusta atuação de promotores que denigrem o Ministério Público."

Ao final, o deputado tucano agradeceu o apoio recebido de seus colegas de Casa e citou de Gonçalves Dias ao poeta português Fernando Pessoa: "Navegar é preciso, viver não é preciso".

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