Foto do(a) blog

Informações, análises e bastidores do poder

Para presidente da CUT, conflitos em Jirau podiam ter sido evitados

Roldão Arruda

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique, está convencido de que os conflitos ocorridos recentemente nos canteiros de obras das usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antonio, Rondônia, poderiam ter sido evitados se o governo tivesse dado mais atenção aos alertas que recebeu. Na reunião da qual participa nesta terça-feira, 29, em Brasília, ao lado do ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral, e representantes das empreiteiras e sindicalistas, Henrique vai apresentar um dossiê com documentos que comprovam os vários alertas que foram feitos.

PUBLICIDADE

Segundo a CUT, o primeiro deles ocorreu em 2007 - o ano de lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do qual fazem parte as hidrelétricas. Naquela época, baseando-se na história de construção de outras grandes obras de infraestruturas no País, nas quais frequentemente os direitos dos trabalhadores tinham sido violados, a CUT propôs a criação de uma comissão para discutir questões trabalhistas. Dela fariam parte representantes do governo, das empreiteiras e dos sindicatos. As regras que discutiriam poderiam valer para os canteiros de obras da hidrelétricas e todos os empreendimentos de grande porte do PAC.

Mas, ainda segundo a CUT, o assunto foi ignorado. Na avaliação de dirigentes da central, o governo gosta de negociar muito com as empreiteiras, mas evita discutir acertos trabalhistas. Parece acreditar que a geração de empregos já é suficiente para os trabalhadores.

A CUT considera despropositadas as informações segundo as quais os conflitos teriam surgido em decorrência de uma feroz disputa que estaria travando com a Força Sindical pelo controle dos sindicatos da construção civil na área das hidrelétricas. Na opinião dos seus dirigentes, basta ir à região e conhecer as condições em que vivem os trabalhadores para se descobrir as verdadeiras razões dos conflitos.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.