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Para oposição, declarações de Palocci em entrevista foram 'insuficientes'

Andrea Jubé Vianna e Sandra Manfrini

Por Lilian Venturini
Atualização:

A primeira entrevista do ministro Antonio Palocci sobre sua evolução patrimonial, exibida na noite desta sexta-feira, 3, no Jornal Nacional, foi recebida com descrédito pela oposição e como "convincente" por lideranças do PMDB, partido da base aliada do governo.

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O líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), considerou "insuficientes" as explicações. "Se há alguma explicação, o ministro não quis ou não pode dar. Isso só reforça a suspeita de que cometeu tráfico de influência. O melhor para o país é o seu afastamento", disse o líder do PSDB, segundo nota divulgada há pouco por sua assessoria.

Nogueira destaca, na nota, que o fato de Palocci ter demorado 20 dias para falar sobre o assunto já é indicativo de que ele não falaria nada de novo. "Vir à televisão para não dizer nada só piora a situação e agrava a crise. Quem eram seus clientes, como era sua consultoria, quanto recebeu por isso. Nada disso foi esclarecido. Ele está em uma posição que não permite mistérios sobre suas atividades", insistiu.

Já o vice-líder do PMDB, deputado Eduardo Cunha (RJ), considerou "convincente e satisfatória" a entrevista. "As atividades privadas foram feitas quando ele não era ministro, não tenho dúvidas da lisura dele", frisou.

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Cunha observou que Palocci não divulgou números nem os nomes das empresas para quem trabalhou, mas ressaltou que ele não pode expor os clientes dele. A vantagem da entrevista, na visão do peemedebista, é que Palocci "atacou o problema de frente, meteu a cara. Não se escondeu atrás de uma nota de dez linhas", afirmou, em alusão às notas oficiais divulgadas pela assessorai do ministro.

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