BRASIL
As contas para o primeiro turno
Dilma Rousseff evita comentar a crise da campanha tucana, mas os aliados tiram partido do pior momento dos adversários. A estratégia é aproveitar a presença da militância nas convenções e pedir empenho para a vitória no primeiro turno. O governador da Bahia, Jacques Wagner (PT), que tenta a reeleição, fala em dar a Dilma vantagem de até 2 milhões de votos no Estado. No Rio, a expectativa é de que a petista conquiste dois terços do eleitorado fluminense. "Vamos dar a maior votação proporcional a Dilma e Michel Temer", pregou o candidato ao Senado Jorge Picciani (PMDB).
Melhores amigos
Nada como uma eleição para criar atritos e outra disputa para apagá-los. Sérgio Cabral e Michel Temer já estiveram em grupos opostos no PMDB, mas no último domingo, no Rio, eram só abraços e elogios.
SERGIPE
DEM se alia a ex-petista
Não é fácil buscar solução regional para sanar uma crise nacional. Enquanto a direção do PSDB negocia acordo com o DEM no Estado, para encerrar a briga em torno do vice de José Serra, o candidato democrata ao governo, João Alves Filho, fechou uma chapa sem tucanos, contra o governador Marcelo Déda (PT). O candidato a vice da oposição será Nilson Lima (PPS), ex-petista e ex-secretário de Fazenda de Déda. O deputado Albano Franco (PSDB), candidato ao Senado, resiste a apoiar o DEM. Aliados de Alves também dizem que não farão esforço para atrair o tucano.
RIO
Crivella em dúvida sobre candidatura
Lançado candidato à reeleição na convenção do PRB, partido do vice-presidente José Alencar, o senador Marcelo Crivella deixou aberta a possibilidade de disputar uma vaga de deputado, a fim de puxar votos para a legenda. O acordo com Anthony Garotinho (PR), que depende do TSE para manter a candidatura ao governo, não foi adiante. Os aliados de Garotinho atribuem o recuo à indefinição de Crivella, que pediu mais alguns dias antes de fechar a chapa. O PR do Rio ameaçou ficar neutro na disputa presidencial, mas deverá formalizar apoio a Dilma Rousseff na convenção.
SOBE & DESCE
Correria para cumprir a lei
Candidatos não podem participar de inaugurações a partir de quinta-feira. Governadores que disputam a reeleição são mais ávidos por descerrar placas.
Festas acontecem antes da hora
Para cativar eleitores, governantes optam por 'entregar' cada etapa concluída de um mesmo projeto, com direito a palanque e discurso, e 'inauguram' até mesmo maquete e terreno baldio.