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Pagot repete na Câmara depoimento morno apresentado no Senado

Andrea Jubé Vianna, da Agência Estado

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Por Jennifer Gonzales
Atualização:

O diretor afastado do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antonio Pagot, abriu na manhã desta quarta-feira, 13, a exposição inicial de sua defesa aos deputados, em audiência pública conjunta das Comissões de Fiscalização e Controle e Viação e Transportes. Nos primeiros 20 minutos de depoimento, Pagot já revelou que repetirá na Câmara o desempenho morno da terça-feira, 12, no Senado.

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O executivo adota a mesma estratégia aplicada na terça em seu depoimento no Senado: apresentar a estrutura do Dnit para argumentar que não lhe cabia tomar decisões isoladamente, ou seja, ele divide as responsabilidades com toda a cúpula do órgão. Nessa linha de defesa, Pagot amarra o destino de todos os diretores do Dnit ao seu. Ele demonstra aos parlamentares que todas as decisões do órgão são tomadas por ele e outros seis diretores, entre os quais o petista Hideraldo Caron, da diretoria de Infraestrutura Rodoviária.

Ele acrescenta que o colegiado de diretores também decide em parceria com um conselho de administração, formado pelas cúpulas de vários ministérios. Assim como na terça-feira, Pagot também ressaltou que todas as decisões do órgão são tomadas por "unanimidade", embora o regimento interno autorize a execução de projetos avalizados por maioria absoluta.

Saída depende do Planalto

Pagot afirmou ainda que sua permanência no cargo dependerá do Planalto. Questionado pelo deputado Pauderney Avelino (DEM-AM) se tem expectativa de continuar no comando do órgão, o diretor do Dnit respondeu que essa decisão caberá à presidente Dilma Rousseff.

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Depois que seu depoimento no Senado foi bem recebido por parlamentares da base governista, os aliados passaram a trabalhar para preservá-lo no cargo. Nos bastidores, deputados do PR e de outros partidos da base aliada trabalham para preservá-lo no comando do Dnit. A avaliação de lideranças de outros partidos é não compensa o desgaste com o PR, que tem uma bancada de 40 deputados e cujo eventual rompimento com o Planalto comprometeria a governabilidade.

Pagot também reafirmou que não está afastado do cargo, mas simplesmente de férias. Ele esclareceu que não saiu de férias em meio à crise no Ministério dos Transportes, porque elas estavam programadas desde novembro do ano passado. Com isso, ele reassume o cargo em agosto, caso não seja exonerado nos próximos dias.

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