Em rápida conversa que tiveram ontem, após encontro ocasional entre gravações de programas da TV Bandeirantes, os pré-candidatos ao governo de São Paulo Aloizio Mercadante (PT)e Paulo Skaf (PSB) apenas acertaram um apoio mútuo num eventual segundo turno.
Skaf afirma que manterá a candidatura e que a decisão não está atrelada à retirada de Ciro Gomes (PSB) da disputa presidencial, o que o seu partido deve anunciar ainda hoje.
"Da nossa parte não terá nenhum impedimento para que Skaf seja candidato", disse Mercadante ao Estado. Foi o mesmo discurso que o senador sustentou ontem na conversa com o presidente da Fiesp. Deixou claro, ainda, que o PT aposta na construção de uma ampla aliança para obter tempo de TV expressivo que viabilize uma disputa direta com o candidato escolhido pelo PSDB, o ex-governador Geraldo Alckmin, líder em todas as pesquisas de intenção de votos.
O PSB atrela a decisão em São Paulo a concessões feitas pelo PT nacional. Em resposta ao gesto de excluir Ciro da sucessão à Presidência, o PSB quer pelo menos a liberação do PR em São Paulo, para que possam apoiar a candidatura do presidente da Fiesp. O pleito, no entanto, não deve ser atendido.
"O Skaf abre espaço para a Dilma no empresariado. Estamos aguardando uma resposta do PT", disse o deputado federal Márcio França, presidente do PSB paulista. Segundo ele, "Skaf é candidato em qualquer circunstância".
Os petistas consideram impossível o apoio do PR e do PC do B a Skaf, como defende parte do PSB paulista. Dirigentes dos dois partidos estiveram no 17º Encontro Estadual do PT, no qual foi lançada a pré-candidatura de Mercadante, e publicamente sinalizaram o apoio ao senador petista.