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Kassab nega que tenha fechado filiação ao PSB

André Mascarenhas e Julia Duailibi 

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Por Redação
Atualização:

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), negou nesta sexta-feira, 25, que tenha decidido seu futuro político e que já esteja de saída para o PSB. "Existe um convite feito de forma muito respeitosa, pelo governador Eduardo Campos (PSB), e pelo Michel Temer (PMDB), para que, no caso de identificarmos uma hipóteses de saída do DEM, eu possa examinar, junto com eventuais parlamentares e militantes, seja a filiação no PSB, ou no PMDB", disse Kassab ao sair de encontro que reuniu o governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), a presidente, Dilma Rousseff, e o ministro dos Esportes, Orlando Silva, sobre a Copa de 2014.

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também passou pelo escritório da Presidência em São Paulo, na Avenida Paulista, região central da capital.

Kassab acrescentou que "há outros partidos também" com quem estaria negociando sua saída, mas não deu pistas de quais seriam essas outras legendas. O prefeito articula a fundação de um novo partido como uma saída jurídica para poder mudar de legenda. Uma vez na nova sigla, ele promoveria a fusão do novo partido com o PSB ou o PMDB. A solução viabilizaria os planos de Kassab para disputar, em 2014, a sucessão no governo de São Paulo contra Alckmin.

O prefeito deu as declarações após conceder entrevista coletiva sobre a Copa de 2014, da qual também participaram Alckmin e Orlando Silva. O governador deixou o local enquanto o prefeito falava aos jornalistas, pois estaria atrasado para um compromisso em Campinas.

O prefeito também evitou afirmar de forma categórica seus planos para sair do DEM. "Seria politicamente incorreto eu discutir qualquer questão em relação a partido enquanto se prepara a convenção", afirmou o prefeito em relação ao encontro nacional do DEM, que definirá a nova executiva do partido, em 15 de março.

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O prefeito negou as declarações do vice-governador, Guilherme Afif Domingos (DEM), de que o acompanharia no caso da troca de legenda. "Ele não disse isso. O vice tem a mesma postura que eu: que o partido faça, em 15 de março, uma boa convenção."

Copa em São Paulo. Tanto o prefeito, quanto o governador e o ministro Orlando Silva, garantiram que a abertura da Copa do Mundo de 2014 será em São Paulo. "Estamos trabalhando todos com muita confiança para a abertura da Copa do Mundo de 2014 aqui em São Paulo, na zona Leste", disse Alckmin, o primeiro a conceder a entrevista, numa referência ao estádio do Corinthians em Itaquera.

O governador, no entanto, não soube precisar quando começarão as obras do estádio. "As obras do estádio, resolvidos os últimos problemas, terão início", desconversou o governador.

Kassab aproveitou a deixa para acrescentar: "Vocês viram o otimismo do governador, da presidenta e do ministro Orlando Silva. Podemos afirmar hoje que nós teremos, inquestionavelmente, a abertura da Copa do Mundo em Itaquera, no estádio do Corinthians."

Segundo Orlando Silva, Dilma estaria preocupada com o andamento das obras nos estádios para a Copa de 2014. O ministro definiu a questão como um "tema-chave" do debate sobre o evento.

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"A presidenta Dilma ficou muito satisfeita com as informações que o prefeito e o governador forneceram, dando garantias de que São Paulo terá um estádio para 65 mil torcedores", disse. "O BNDES reafirmou o compromisso de ofertar até R$ 400 milhões em financiamento e a prefeitura estruturou o modelo que vai garantir a captação de recursos a partir de um fundo imobiliário que vai suprir o déficit" para as obras, acrescentou.

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Ainda segundo o ministro, Dilma afirmou durante a reunião que "alguns ajustes podem ser feitos na Infraero com o objetivo de aumentar o profissionalismo da empresa, mesmo alguns ajustes que permitam a maior flexibilidade na atuação dessa empresa, que ela deve anunciar nas próximas semanas". As conversas também passaram pela construção de um terceiro aeroporto na Grande São Paulo, sobre a ampliação da capacidade de Viracopos e a licitação do Trem de Alta Velocidade, acrescentou Orlando Silva.

O ministro também mostrou preocupação com as obras de infraestrutura nas cidades que receberão os jogos. "Nós pretendemos fazer de mobilidade urbana e transportes coletivos um legado da Copa do Mundo. Os investimentos vão chegar a R$ 12 bilhões. Esse é um tema que eu tratei com todos os prefeitos e governadores", disse.

Segundo Tempo. Orlando Silva voltou a afirmar que o Ministério dos Esportes está tomando providências "práticas" para apurar as denúncias de irregularidades no programa Segundo Tempo. "Conversei com a Casa Civil, dei informações detalhadas. Nós estamos tomando medidas práticas para garantir que a eficiência seja cada vez maior. As críticas que a imprensa faz são úteis para nós observarmos qualquer tipo de limite que existe, pra corrigir o programa de um lado e, do outro lado, identificando a responsabilidade e alguma má condução, para punir quem for o responsável."

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