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José Sarney nega formação de 'blocão' no Senado

Carol Pires, da Sucursal de Brasília

Por Camila Tuchlinski
Atualização:

Ao comentar a manobra política deflagrada ontem pelo PMDB, que montou um megabloco de deputados na Câmara dos Deputados à revelia do PT, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) negou que o mesmo tipo de acordo possa ser costurado no Senado.

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'Eu não conheço o que ocorre na Câmara', disse o senador. Foto: Dida Sampaio/AE - 13.11.2010

"Acho que aqui não temos em vista, pelo menos até agora, ninguém tratar desse assunto de fazer bloco nenhum", disse Sarney, na manhã desta quarta-feira, ao chegar ao Senado. "Eu não conheço o que ocorre na Câmara e não sei as motivações que levaram a bancada a fazer isso", completou.

O PT elegeu a maior bancada federal, 88 deputados. No entanto, a união entre PMDB, PP, PR, PTB e PSC formará um bloco de 202 parlamentares. O "blocão" ameaça as pretensões do PT de dividir o comando da Câmara e do Senado com o PMDB, e ainda obrigará a presidente eleita a negociar com o grupo para aprovar projetos de interesse do governo.

Enquanto os líderes dos cinco partidos fechavam o compromisso do "blocão" no Congresso, ontem à tarde, o presidente do PMDB e vice-presidente eleito Michel Temer (SP) almoçava com o presidente do PT, José Eduardo Dutra, mas não o comunicou sobre a manobra.

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Sarney, esta manhã, saiu em defesa do colega peemedebista, e disse que a prioridade de Temer neste momento, é atuar como integrante do grupo de transição do governo. "No momento ele está acumulando essas funções e evidentemente, algumas vezes, elas interferem uma na outra, mas não é esse o desejo dele e não acredito que a ministra Dilma tenha dado qualquer declaração neste sentido", disse.

Além de presidir o PMDB e ser vice-presidente eleito, Temer acumula o cargo de presidente da Câmara dos Deputados.

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