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Jingles de Alckmin e Mercadante tentam driblar esquizofrenia

Por Roberto Almeida

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Por Bruno Siffredi
Atualização:

Os principais jingles das campanhas do tucano Geraldo Alckmin e do petista Aloizio Mercadante retratam como as duas candidaturas estão atreladas aos conceitos de continuidade e mudança.

Alckmin quer a continuidade do PSDB em São Paulo. Mercadante quer a mudança. Mas Alckmin quer, com Serra, a mudança no Palácio do Planalto. E Mercadante quer, com Dilma, a continuidade do PT no comando do País.

As duas campanhas se desdobraram para fugir dessa esquizofrenia. Cautelosas, atacaram no plano subliminar, sem críticas a Lula, Dilma ou Serra.

Ouça o jingle de Alckmin

A principal mensagem da música alckmista - bastante clara já no refrão - é a continuidade do PSDB no comando do Estado.

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"O trabalho é bom / e vai seguindo. Geraldo tá chegando / seja bem-vindo."

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Em seguida, o verso "São Paulo trabalhando / pelo que dá certo" pede, subliminarmente, votos não só para Alckmin como para o presidenciável tucano José Serra.

Segundo o jingle, Serra deu um "rumo competente e correto" a São Paulo por sua atuação no Palácio dos Bandeirantes. E pode "avançar mais".

"São Paulo trabalhando / pelo que dá certo Quer manter o rumo competente e correto Pra seguir em frente / e não andar pra trás Pra cuidar da gente / e pra avançar mais"

Ouça o jingle de Mercadante

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O refrão da música de Mercadante, que precisa virar o jogo nas pesquisas de intenção de voto, avisa que a campanha "vai crescer" junto com a militância e com a mobilização do eleitor que simpatiza, mas não veste a camisa. Com o "agora é nossa vez de vencer", ordena a mudança no comando do Palácio dos Bandeirantes.

"Mercadante / governador. A gente vai crescer / junto com você. Eu vou de Mercadante / governador. Agora é nossa vez de vencer."

Mas a principal mensagem do jingle petista pretende associar Mercadante à gestão Lula. O objetivo é fazer com que se transfira a popularidade e experiência do presidente à disputa estadual. São dois versos, sendo que um deles cita Lula nominalmente:

"Deu certo para o Brasil / vai dar certo aqui também. "Lula já mostrou que vale a pena mudar."

Quando o jingle chega à esfera estadual, não ataca a gestão Serra. Sutilmente, avisa que é preciso fazer mais.

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"Parece que tá bom, mas há muito por fazer."

Os jingles, tanto de Alckmin como de Mercadante, já são usados pelas campanhas nos eventos de rua. Não são definitivos, mas testam o eleitorado para os programas de rádio e TV, que começam a ser veiculados dia 17 de agosto.

 
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