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Índios manifestam-se contra Belo Monte em frente ao Planalto

Leonencio Nossa

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Por Ricardo Chapola
Atualização:

BRASÍLIA - Cerca de 100 caiapós fazem nesta terça-feira, 8, em frente ao Palácio do Planalto, uma manifestação contra as obras da usina de Belo Monte, no Rio Xingu (PA). A estrela da manifestação é o líder Raoni da etnia txucarramãe. Raoni disse que a usina ameaça as aldeias que ficam às margens do Rio Xingu. Outra liderança indígena, Ireo disse que o grupo protocolou no Planalto um pedido para ser recebido por algum representante do governo.

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Foto: Ed Ferreira/AE

Um forte esquema de segurança foi montado em frente ao Planalto para impedir o acesso dos manifestantes à rampa. Homens da segurança presidencial e da Polícia Militar do Distrito Federal fazem um bloqueio ao prédio e os manifestantes só podem ocupar a Praça dos Três Poderes.

Os índios exibem no protesto uma grande faixa em que dizem: "Não queremos Belo Monte". Em um cartaz, eles alertam que Belo Monte é o "apagão do Rio Xingu".

Recepção

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O líder txucarramãe Raoni e outros nove índios estão sendo recebidos neste momento por Rogério Sotili, secretário executivo da Secretaria Geral da Presidência, para entregar uma carta pedindo o fim das obras da usina de Belo Monte, no Rio Xingu (PA).

Os índios dizem que a construção da hidrelétrica é uma ameaça para as aldeias do Xingu. Eles também reclamam que não foram ouvidos pelo governo na fase do projeto.

Na entrada, Raoni teve dificuldades de passar pela portaria do Planalto. Seguranças chegaram a fechar a entrada de vidro, com a chegada dos índios e de um grupo de fotógrafos e cinegrafistas que acompanhava os indígenas. Os índios queriam, na verdade, uma audiência com a presidente Dilma Rousseff, mas, até o momento, não há previsão de que isso ocorra.

Atualizado às 12h56

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