A liberdade de expressão é uma "espécie ameaçada" na Venezuela, disse nesta quinta-feira, 25, Fernando Egaña, advogado e ex-ministro da Informação no governo Rafael Caldera, presidente que antecedeu Hugo Chávez até sua chegada ao poder, em 1999.
Questionado sobre o fato de órgãos de comunicação terem apoiado o golpe de Estado contra Chávez em 2002, no qual o líder da principal entidade empresarial do País tentou tomar o poder, o ex-ministro disse que a imprensa precisa fazer uma autocrítica. "Mas, para que isso ocorra, primeiro é preciso que continuem existindo meios de comunicação independentes."
Padilla associou a imprensa antichavista a grupos econômicos cujos interesses teriam sido contrariados. O pesquisador mostrou aos participantes do evento uma página do jornal El Nacional na qual Chávez é chamado de "mico". Segundo ele, por sua origem mestiça, o presidente já foi qualificado como "macaco" e outros termos racistas em meios de comunicação.
Os dois debatedores se mostraram pessimistas sobre a possibilidade de diálogo entre governo e imprensa.