Foto do(a) blog

Informações, análises e bastidores do poder

Em PE, Marco Maciel minimiza pesquisas e aposta em 'parceria com o eleitor'

Monica Bernardes, de Recife

PUBLICIDADE

Por Bruno Siffredi
Atualização:

Principal expoente do Democratas em Pernambuco, o senador e candidato à reeleição Marco Maciel - que há 44 anos exerce cargos públicos - mostrou-se cauteloso diante dos números das últimas pesquisas eleitorais, que o colocam em terceiro lugar na disputa para as duas vagas existentes. "As pesquisas refletem o instante, mas não projetam o futuro. Vamos aguardar o final do processo e ver qual foi a vontade do eleitor", destacou minutos após votar, ontem, em uma escola da Zona Sul do Recife.

PUBLICIDADE

Questionado sobre os planos, caso não conseguisse renovar o mandato, o democrata foi evasivo. "Eu tenho a consciência tranquila de ter trabalhado e dado o meu melhor na missão em que transformei minha vida, ao longo da qual só exerci funções públicas. E é exatamente por isso que tenho uma parceria tão antiga com o eleitor", comentou. Fontes ligadas ao DEM afirmam que Maciel estaria descontente com as rusgas entre os senadores Jarbas Vasconcelos (PMDB), candidato ao governo de Pernambuco, e Sérgio Guerra (PSDB), que desistiu de tentar a reeleição para buscar uma vaga na Câmara Federal. A falta de entendimento entre os aliados teria, na avaliação dos macielistas, contribuído para a queda do senador nas pesquisas. O democrata não quis comentar o assunto.

Acompanhado de familiares, assessores e correligionários, o senador foi recebido com palmas, gritos e jingles da campanha (entoado por militantes), chamando a atenção de quem estava no local. Apesar da proibição de manifestações do tipo, o presidente do prédio e a fiscal do Tribunal Regional Eleitoral, que não quiseram se identificar, não tomaram providências para cessar as manifestações, o que causou irritação em alguns eleitores, como o professor Fábio Soares, que acompanhava a esposa. "Isso é um abuso. Fui reclamar com o presidente do prédio e ele disse que sabia que era crime eleitoral, mas não fez absolutamente nada", reclamou.

Sendo ou não reeleito, diante de uma eventual vitória da presidenciável Dilma Rousseff (PT), Maciel evitou polemizar. "Minhas expectativas estão voltadas para o início da nova legislatura do Senado. Para mim, a prioridade é a apreciação e votação da reforma política", destacou.

Marco Maciel foi deputado, governador biônico de Pernambuco, senador e vice-presidente da República (de 1995 a 2002). Exerceu ainda os cargos de ministro de Educação e Cultura (1985/1986) e ministro-chefe do Gabinete Civil da Presidência da República (1986/1987). Assumiu o primeiro mandato de senador em 1987 e retornou em 2002. Desde 2007, preside a Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.