Jobim desmentiu a afirmação e esclareceu a Guimarães que realmente em algum momento conversou sobre ele com o embaixador, mas disse que o tratou com respeito e classificou Guimarães como "um nacionalista, um homem que ama profundamente o Brasil". De acordo com o ministro, "se o embaixador disse que Samuel não gosta dos Estados Unidos, isso é interpretação do embaixador, eu não disse isso. Samuel é meu amigo", afirmou.
O texto divulgado pelo Ministério da Defesa enfatiza haver "divergências de visões entre Brasil e Estados Unidos" que foram "expressa publicamente por Jobim em duas palestras recentes". Ainda segundo a pasta, o "Brasil tem se mostrado especialmente zeloso na busca da integração sul-americana - política, diplomática, militar, econômica- buscando evitar ações de países externos ao sub-continente que possam simbolizar ameaças à soberania dos países da região".
No telegrama divulgado pelo Wikileaks, datado de 25 de janeiro de 2008, Jobim teria dito a Sobel que Guimarães aparecia como um "sério problema em diversos níveis". Além de "odiar os EUA", Guimarães também é descrito como alguém que trabalhava ativa e calculadamente para dificultar as relações do Brasil com os americanos e outros países industrializados.