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'El País' repercute matéria sobre sindicatos brasileiros

Por Daniel Bramatti

Por Camila Tuchlinski
Atualização:

A edição online do jornal espanhol El País publicou ontem texto sobre a revelação, feita pelo Estado, de que um sindicato novo é aberto por dia no Brasil, por causa da falta de fiscalização e à facilidade de arrecadação do imposto sindical.

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O texto Febre Sindical no Brasil, assinado por Juan Arias, correspondente do jornal no Rio, reproduz declaração dada ao Estado pelo presidente da CUT, Artur Henrique da Silva Santos, de que parte das entidades "é constituída sem representatividade, só com o objetivo de arrecadar os recursos dos trabalhadores através das taxas existentes".

Também cita a opinião de Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT) e do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, de que existe "banditismo sindical". "Está havendo desmembramento de sindicatos, muitos deles artificiais e piratas", disse Patah ao Estado.

Proteção. "Hoje é muito fácil fundar um sindicato no Brasil, quase tanto como criar igrejas evangélicas, que, em muitos casos, são apenas arrecadadoras de doações obrigatória de seus fiéis", escreveu o jornalista. Segundo ele, os sindicatos sempre foram protegidos por Lula. "Foram também os sindicatos que ameaçaram pôr os trabalhadores nas ruas quando os escândalos de corrupção de 2005 estiveram a ponto de fazer com que Lula abandonasse a Presidência. E hoje eles apoiam a candidata de Lula, Dilma Rousseff."

O jornal espanhol destacou que a falta de fiscalização agora provoca preocupações no governo. "Por isso, alertou seus órgãos de supervisão, para evitar o descontrole. A criação de um novo sindicato diariamente disparou o alarme."

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