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Dilma usará dados de SP para irritar tucano

Malu Delgado, Vera Rosa e João Domingos À frente nas pesquisas de intenção de votos, Dilma Rousseff (PT), deverá ser o alvo preferencial dos adversários no debate de hoje. A avaliação é do próprio comando político da campanha. Diante da constatação, a ex-ministra passou os últimos três dias em reuniões com coordenadores políticos e de marketing discutindo estratégias.

Por Jennifer Gonzales
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Além de fixar sua biografia ao presidente Lula e ao atual governo - o que já é linha mestra da campanha -, a petista apresentará propostas concretas para um próximo mandato.

Há um receio entre os coordenadores da campanha de que repetir à exaustão dados do atual governo possa passar a impressão de que Dilma está à sombra de Lula, sem ter ideias próprias. Essa é, aliás, a tese que seu principal adversário, José Serra (PSDB), sustenta. "A Dilma se mostrará como uma pessoa propositiva", disse o presidente do PT e coordenador da campanha, José Eduardo Dutra.

Disposta a tirar o tucano do sério, Dilma vai explorar o que sua equipe define como "pontos fracos" do tucano quando governou São Paulo: educação e segurança pública. Uma das estratégias será lembrar graves problemas de segurança no Estado e citar dados da Organização Mundial da Saúde indicando que a taxa de homicídios virou "epidemia". No quesito educação, a candidata baterá na tecla de que Serra, quando governador, não valorizou os professores.

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Para os aliados da candidata, o debate terá o propósito de desmistificar a imagem de que a petista estaria fugindo de confrontos diretos com Serra. Com esse propósito, Dilma selecionou e memorizou perguntas para os três adversários, além de ter treinado respostas rápidas, diretas e concisas. "Só quem não conhece a Dilma acha que ela não está preparada. Ela tem todos os dados do governo e os desafios do futuro na ponta da língua", reagiu o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais).

Ontem, a petista almoçou com o ministro Guido Mantega (Fazenda), com quem repassou dados econômicos para comparar os governos Lula e Fernando Henrique Cardoso.

A candidata foi orientada a esperar dois tipos de abordagem de Serra: uma mais agressiva e outra mais amena, porém muito experiente. Se necessário, ela vinculará a imagem de Serra ao governo FHC. Nos bastidores, porém, os petistas não apostam que o tucano manterá o tom agressivo. Recordam o debate de 2006, na Globo, entre Lula e Geraldo Alckmin, quando o tucano optou por uma linha raivosa e agressiva.

O marqueteiro João Santana e a jornalista e consultora de imagem Olga Curado foram presenças constantes no treinamento de Dilma.

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