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Dilma sente orgulho do que fez na ditadura, conta ex-marido

Jair Stangler, do estadão.com.br

Por Jennifer Gonzales
Atualização:
  Carlos Araújo ao lado de Reynaldo Boury, diretor de Amor e Revolução. Foto: Divulgação/SBT

 O ex-marido da presidente Dilma Rousseff, Carlos Araújo, afirmou em depoimento gravado para a novela 'Amor e Revolução', do SBT, que sua ex-mulher sente orgulho do que fez durante a ditadura. O depoimento foi dividido em cinco capítulos e vai ao ar entre a segunda-feira, 4 de julho, e a sexta-feira, 8.

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"A Dilma sente muito orgulho do que fez! Ela não ficou com sequelas. Felizmente. Ela entrou na cadeia nova e saiu nova...", afirma ele no capítulo previsto para ir ao ar na próxima terça-feira, 5.

Araújo reitera que Dilma não participou de nenhuma ação armada, no depoimento previsto para a sexta-feira, 8. "A Dilma não participou de ação nenhuma. Não existe nenhum processo. Ela não participou de nenhuma ação armada porque não era o setor dela", diz.

No mesmo episódio, Araújo afirma que os dois tinham "uma visão idealista que entrava em choque com a realidade. Mas não renunciamos nada; temos muito orgulho do que fizemos. Mesmo agindo incorretamente às vezes."

Logo no primeiro capítulo, ele revela ainda manter o companheirismo com Dilma, com quem teve uma filha, Paula. "Sempre nos identificamos. O nosso bom companheirismo persiste até hoje. Eu sempre fui advogado de gente pobre. Sempre fui uma pessoa de esquerda. Com a ditadura não vi outra saída a não ser partir para a luta armada", explica

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Ao longo dos cinco capítulos, Araújo relata ainda detalhes sobre o roubo do cofre de Adhemar de Barros, as torturas que sofreu, sua tentativa de suicídio e também a prisão de Dilma - ocorrida em frente ao antigo prédio do 'Estadão', que à época ainda ficava na rua Major Quedinho, centro de São Paulo.

Além do depoimento de Araújo, a novela, ambientada no período da ditadura, exibiu ao depoimentos de outras pessoas que lutaram de um lado ou de outro, como Waldir Pires, que era Consultor-Geral da República no governo João Goulart, e José Dirceu, líder estudantil durante a ditadura, o coronel Sebastião Curió, que foi agente da repressão, e Jarbas Passarinho, ministro nos governos Costa e Silva e Médici.

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