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Ataques a gestão tucana em SP marcam primeiro debate de candidatos a governador

Adriana Carranca, Malu Delgado, Jair Stangler e Rodrigo Alvares

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Por Camila Tuchlinski
Atualização:
 Foto: Estadão

Alvo de ataques, Alckmin contra-atacou acusando aliança entre petismo e malufismo

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O primeiro debate entre os candidatos ao governo do Estado de São Paulo foi marcado pelas críticas aos 16 anos de gestão tucana no Estado e ao candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, que governou o Estado entre 2000 e 2006. A gestão do PSDB em áreas como Saúde, Educação, Transportes e Segurança Pública foram abordadas repetidas vezes pela oposição, com Aloizio Mecadante (PT) à frente. "Todos aqui estão vendo a solidão do PSDB nesse debate", disse o senador, acompanhado por Paulo Skaf (PSB), Celso Russomanno (PP), Paulo Bufalo (PSOL), e Fabio Feldmann (PV). "Você que está em casa está vendo aqui uma aliança entre o petismo e o malufismo", falou Alckmin, visivelmente irritado, no início do quarto bloco.

O presidenciável tucano, José Serra, chegou ao estúdio por volta das 21h40 e foi muito assediado por jornalistas e aliados. O ex-governador paulista deixou a Band pouco mais de uma hora depois irritado. Afirmou que os números citados pelos outros candidatos estavam todos errados.

Veja como foi o debate:

00h13 - O apresentador Boris Casoy encerra o debate.

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00h12 - Russomanno lembra a morte da mulher por falta de atendimento médico e diz que sabe o que eleitor sente. "Eu vou priorizar as pessoas, porque você é gente."

0h11 - Políticos de todos os partidos deixam o estúdio no último intervalo, com destaque para Paulo Maluf. Tucanos reclamam de um "complô" contra Geraldo Alckmin.

00h10 - Skaf lembra que reclamava muito da administração pública e da política e que foi Lula quem lhe disse: "Skaf pare de reclamar e entre para a política"

00h09 - Paulo Bufalo critica PT e PSDB em suas considerações finais. "FHC vetou investimentos em Educação e o governo Lula manteve os vetos"

00h07 - Mercadante: "Você sinceramente acha que a segurança pública vai bem? A educação em São Paulo pode continuar como está? Acho que você pensa como eu. O PSDB teve 16 anos e não fez. Eu acho que dá para mudar. Eu vou assumir para resolver. Sem culpar os outros. Mudar o que precisa ser mudado."

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00h05 - Alckmin diz que tem mais experiência e propõe avançar ainda mais na educação, na saúde e "reduzir ainda mais os índices da segurança". "Com Serra presidente, unidos pelo Brasil, e com você, nós vamos poder fazer ainda mais".

00h03 - Candidatos fazem suas considerações finais. Fabio Feldmann destaca que o eleitor tem, neste ano, com a candidatura de Marina à Presidência, a chance de quebrar o plebiscito entre PT e PSDB.

00h02 - Políticos de todos os partidos deixam o estúdio no último intervalo, com destaque para Paulo Maluf. Tucanos reclamam de um "complô" contra Geraldo Alckmin.

23h57 - Russomanno defende mais paradas para o Trem Bala, não apenas em Campinas. Alckmin diz que o Trem Bala ainda precisa sair do papel. "Oito anos depois, nada. Tem uma ideia, que nós vamos ajudar. Mas ainda não saiu do papel."

23h56 - Fora das câmeras, Mercadante ri da afirmação de Alckmin de que "o governo federal não investiu no metrô de São Paulo.

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23h53 - "Inacreditável", diz Mercadante. Segundo o petista, o tucano está culpando o governo federal pelas coisas que não foram feitas em São Paulo. E diz que apresentará uma lista dos hospitais que o governo Lula ajudou a construir em SP. Alckmin ainda acusa o governo Lula de não investir "nenhum centavo" no Metrô.

23h51 - Na réplica, Alckmin cita investimento em esgoto de R$ 1 bilhão na Baixada Santista. O tucano ainda acusou o governo de tirar R$ 2 bilhões em saneamento de São Paulo tributando as empresas.

23h49 - Ainda sobre meio-ambiente, Mercadante defende uma política de preservação dos mananciais. "Não podemos achar que vamos resolver o problema da água destruindo nossas reservas. E precisamos dar prioridade ao problema do saneamento. O tratamento de esgoto é fundamental, ajuda a recuperar os mananciais"

23h45 - Skaf defende a aprovação do novo Código Florestal. Na réplica, Feldmann afirmou que o novo código é "o Brasil do século 19". Skaf diz que está muito clara a proposta de evitar o desmatamento. "Temos de buscar o equilíbrio, conciliar o aspecto ambiental e também o desenvolvimento econômico e social".

23h40 - Em resposta a Alckmin, Russomanno diz que não está no debate para agredir ninguém e defende Paulo Maluf: "fez mais do que esse governo do que o governo tucano em 15 anos".

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23h34 - Joelmir Beting questiona Mercadante sobre gargalos da infra-estrutura em São Paulo e as obras para a Copa do Mundo de 2014. "São Paulo, a capital, tem todas as condições de sediar a abertura da Copa. O governo Lula colocou R$ 2,9 bilhões para fazer a ligação entre Congonhas e o Morumbi e até agora os tucanos não fizeram nada", afirma o petista." Alckmin critica problemas nos aeroportos e no porto de Santos, que são responsabilidade do governo federal. Alckmin diz que o governo do Estado não vai colocar dinheiro público para fazer estádio. Mercadante diz que os tucanos abandonaram as ferrovias porque não dá para cobrar pedágio em rodovia.

23h32 - Na réplica, Mercadante diz que tucanos são incapazes de fazer uma auto-crítica e diz que vai criar uma agência de fomento. "São Paulo já tem uma agência de fomento", responde Alckmin.

23h30 - "Você que está em casa está vendo aqui uma aliança entre o petismo e o malufismo", falou Alckmin, visivelmente irritado, no início do quarto bloco. " Todos aqui estão vendo a solidão do PSDB nesse debate", diz Mercadante.

23h29  - Começa o quarto bloco. Jornalistas perguntam. José Paulo de Andrade questiona Alckmin sobre as vendas da Nossa Caixa e do Banespa. "Como o Estado se beneficiou e porque o Estado se desfez desses bens". Alckmin: "O Banespa foi integralmente para pagar dívida que o Mário Covas não fez. Com a venda da Nossa Caixa, criamos um banco de fomento, que é muito mais importante."

23h19 - Russomanno poderá fazer uma pergunta porque ninguém lhe perguntou nada ainda. Pergunta a Skaf o que o candidato do PSB fará pela Saúde. Skaf aproveita para fazer mais críticas: "Temos problemas na prevenção, que não há. Na marcação de exames. Há necessidade de um grande choque de gestão". Russomanno defende que o médico atenda às pessoas em casa. Segundo ele ainda, "as pessoas estão morrendo por falta de UTI". Na tréplica, Skaf diz que "a prevenção evitaria muita coisa".

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23h18 - Feldmann diz defender o Metrô, mas diz entender que é preciso investir em outras alternativas. "Hoje nós temos 6 milhões de veículos circulando em São Paulo."

23h17 - Bufalo: "Eu gostaria de ter vindo de Metrô para cá. Mas as obras aqui são lentas, quando não paralisam ou até afundam.  Os tucanos são mais lentos que o tatuzão." Alckmin pede direito de resposta, mas não leva.

23h16 - Serra disse que saiu do estúdio para gravar seu programa eleitoral. O ex-governador paulista deixou a Band irritado. Afirmou que os números citados pelos outros candidatos estão todos errados.

23h14 - Bufalo: "nós queremos uma outra política, onde o Estado assuma sua responsabilidade". Bufalo pergunta a Feldmann sua política para o transporte. O candidato do PV diz querer estimular transporte público e limpo e também o transporte não motorizado, como a bicicleta.

23h12 - Na réplica, Alckmin diz que em SP a saúde é pública, 'diferente do governo federal'. Segundo o tucano, 'o PT não fez uma cama aqui no Estado de São Paulo'

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23h10 - Alckmin acusa o governo federal de não pagar combate ao crack em São Paulo e pergunta a Bufalo sua proposta. O candidato do PSOL critica governos estaduais e federal. Segundo ele, "ambos transformaram a saúde em mercadoria".

23h06 - Mercadante pergunta a Skaf sobre a progressão continuada. O candidato do PSB diz que terminou com a prática no Sesi e diz que não houve evasão: "Ao contrário". "Acho um absurdo essa história de os alunos irem passando de ano, postergando". Na réplica, Mercadante critica os baixos salários dos professores em São Paulo: "13 Estados mais pobres pagam mais aos professores." Segundo Skaf, "não há como promover uma revolução na Educação sem estar junto com o professor."

23h03 - Skaf: "Eu ouço falar que o problema da droga é do governo federal. É verdade. Mas o problema do Estado é problema do Estado. Nós temos que cuidar  das nossas divisas". Na tréplica, Mercadante volta a citar o problema dos presídios, "onde o crime tomou conta". Para resolver o problema do tráfico, precisamos agir dentro dos presídios, o que esse governo não fez".

23h00 - Skaf cita epidemia de crack em SP e pergunta a Mercadante o que ele pretende fazer contra isso. Petista diz que "o crack é o problema mais sério de nossa juventude e deve ser o nosso inimigo número 1. Crack e violência andam juntos, deve ser objeto de uma política pública." Volta a defender policiamento nas escolas e diz que vai criar clínicas para tratar dos viciados. "E em terceiro, a educação."

22h55 - Feldmann pergunta a Alckmin que proposta o tucano tem para combater a obesidade. Alckmin diz que pretende lançar um grande programa de ginástica, o "Agita São Paulo". Diz que pretende também tratar da questão da nutrição. "A maioria das doenças nós contraímos por maus hábitos. Saúde será minha prioridade."

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22h50 - Durante o intervalo, Serra deixou o estúdio e foi seguido por um batalhão de jornalistas.

22h47 - Alckmin pergunta para Feldmann qual o projeto qual a proposta do candidato para reduzir as emissões de caborno. O candidato verde diz que no seu governo, a prioridade será se preparar para as mudanças climáticas. Na réplica, Alckmin diz que vai expandir o Metrô como medida para combater as mudanças climáticas.

22h45 - Russomanno, na tréplica, diz que 'hoje nós pagamos para o médico ficar preso no trânsito, indo de uma cidade para outra para ganhar mais'.

22h44 - Bufalo pergunta para Russomanno: "Qual sua proposta para evitar a privatização do sistema de Saúde em São Paulo?". Nós vivemos na emergência", responde o candidato do PP. "Precisamos fazer saúde preventiva", diz. Bufalo diz que a saúde pública está abandonada e que vai investir no SUS.

22h41 - Feldmann defende uma 'economia criativa' para fazer frente à invasão chinesa. Na tréplica, Mercadante volta a criticar a educação no Estado de São Paulo. "Como vamos criar uma economia criativa sem educação?"

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22h37 - O senador é questionado por Feldmann: "O que você propõe para a economia de São Paulo frente à invasão chinesa?".Mercadante aproveita para criticar ainda mais os governos tucanos em São Paulo. "Estamos perdendo competitividade por conta da política que o PSDB implementou nesses últimos 16 anos". "Precisamos parceria com o governo federal. Hoje nós importamos mais do que exportamos.

22h35 - Russomanno critica a política, mal aparelhada. Mercadante na tréplica diz que o PCC tomou conta dos presídios e defende policiamento na porta das escolas. Diz que vai investir em prevenção. "Se o jovem tiver opção não vai para a droga, não vai para o crime."

22h33 - Russomanno pergunta o que Mercadante fará para melhorar a situação da segurança no Estado. Mercadante aproveita para responder a Alckmin e dizer que tem 'honra e orgulho' por ter servido ao governo Lula e andado pelo Estado de São Paulo. Sobre segurança, o petista diz que vai investir na polícia comunitária e em inteligência. "Nós podemos mudar essa situação. Não podemos nos contentar com esse conformismo, usar um dado aqui e ali para dizer que as coisas não estão como estão."

22h31 - Alckmin: "o senador é ótimo para criticar, mas eu não c0nheço nada que ele tenha feito por São Paulo. O Brasil inteiro investe 25% em educação, aqui em São Paulo investimos 30%"

22h30 - Para Mercadante, Alckmin está tentando defender o indefensável: "A escola de São Paulo não ensina, não avalia e não prepara para o futuro".

22h27 - Mercadante critica a educação em SP  e pergunta se 'dá para defender o governo Alckmin. O tucano responde citando a queda da evasão escolar. "São Paulo vem crescendo ano a ano no Ideb. Nós temos mais de 200 mil alunos no estudo técnico e tecnológico e nós vamos agora unir os dois. O jovem que sai da Fatec, de cada 10, 9 saem empregados. Nós valorizamos os professores. Dei 40% de reajuste aos professores durante o meu governo. Nós vamos capacitar o professor. Temos dois professores no ler e escrever. Vamos avançar ainda mais".

22h26 - Alckmin: "A terceira causa de morte no Brasil é acidente. Nós vamos fazer concessão para concluir o Rodoanel.

22h25 - Skaf: "As empresas que cobram pedágio ganham três vezes mais do que os bancos"

22h23 - Skaf questiona Alckmin sobre o pedágio. Tucano responde afirmando que o Estado de São Paulo tem as 10 melhores estradas do País. "Os acidentes caíram quase 40%. Veja como estão as rodovias federais, a rodovia da morte, a  Régis Bittencourt. O modelo de concessão permitiu recuperar as estradas vicinais."

22h16 - "A educação tem que ser essencial para preparar os alunos para o mercado de trabalho e para a universidade, mas, principalmente, para que o jovem se realize" Feldmann. "o importante é entender os desafios do século 21"

22h12 - Mercadante começa sua fala e atraca as condições da Saude, Educação e principalmente dos transportes no Estado. "Se aqueles que estão no governo não conseguiram implantar uma Educação de qualidade, devem perder a eleição". 

22h08 - O segundo a falar é Skaf. Ele também tece críticas à qualidade da Educação no Estado. "Pretendo implantar em todas as escolas do ensino fundamental o regime integral. Paulo Bufalo fala em combater as desigualdades sociais no País. "Vamos mostrar a diferença de nosso projeto", afirma.

22h03 - Boris Casoy apresenta os candidatos. Ele explica as regras do debate. Uma pergunta da produção será respondida em dois minutos. O pedido de direito de resposta deve ser feito imediatamente. A primeira questão: "Na sua opinião, qual o problema mais urgente de São Paulo?". Celso Russomanno começa o debate colocando em dúvida a qualidade do serviço público no Estado. "Infelizmente, nada funciona", diz. E ressalta a demora em conseguir uma consulta em um hospital. "A polícia de SP é mais mal paga do País". Também faz críticas à Educação.

22h - Começa o debate entre os candidatos ao governo de São Paulo na TV Bandeirantes.

21h55 - Presidente em exercício da Fiesp, Benjamim Steinbruch, está no estúdio para apoiar Paulo Skaf.

21h51 - O presidenciável José Serra é um dos últimos a chegar. Questionado se veio prestigiar Alckmin, Serra respondeu lacônico: "Prestigiar, prestigiar... não preciso prestigiar quem não precisa de prestígio. Eu vim acompanhar o candidato".

21h48 - Paulo Skaf (PSB), Celso Russomanno (PP), Fabio Feldmann (PV) e Aloizio Mercadante já estão no palco. O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), acaba de entrar no estúdio, seguido de Geraldo Alckmin (PSDB).

21h35 - O mediador do encontro, o jornalista Bóris Casoy, sobe ao palco ao lado de Paulo Bufalo (PSOL) para testar o som: "Cuidado com o microfone aberto, que de vazamento eu entendo".

Pré-debate

Paulo Maluf chegou há pouco e falou que "não estava triste e que ainda espera participar de muitos debates. "Participei do primeiro, em 1987 e tenho certeza que ainda vou participar de muitos aqui mesmo".

Aloizio Mercadante (PT), Celso Russomanno (PP) e Paulo Skaf (PSB) dizem esperar uma discussão "positiva" sobre temas de interesse do eleitor. Contudo, eles deixaram claro que têm como estratégia desafiar Alckmin a apresentar números sobre questões que consideram frágeis dos governos tucanos.

 
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