Bruno Paes Manso e Tiago Queiroz, de O Estado de S.Paulo
A Operação Mãos Limpas da Polícia Federal revelou o funcionamento de um esquema de desvios de dinheiro público que já teria custado R$ 1 bilhão aos cofres do Estado do Amapá. A ação existe há dez anos e envolve políticos, funcionários públicos e empresários.
O Estado teve acesso ao inquérito e percorreu o Amapá na semana passada para compreender a dimensão e os efeitos dos desmandos. A série de reportagens está dividida em três capítulos e mostra desde os bastidores da operação da PF até os efeitos do desvio de recursos. Aponta, por exemplo, como a falta de investimento recai sobre uma população que não possui infraestrutura básica de saneamento - a rede de esgoto atende a apenas 1% da população - e como a saúde é deficitária. Também expõe aas consequência do desvio de dinheiro ao mostrar uma escola que consumiu investimentos de R$ 4,5 milhões e, mesmo assim, foi construída errada, sem sistema de ventilação.
Assista aos três capítulos da série de reportagem.
Capítulo 1: No Amapá, esquema já desviou R$ 1 bilhão
A Polícia Federal descobriu um desvio de, no mínimo, R$ 1 bilhão nos cofres públicos nos últimos 10 anos no Amapá. No primeiro capítulo desta série, a reportagem do Estadão mostra os bastidores de uma das operações mais complexas da PF, batizada Mãos Limpas.
Capítulo 2: Desvio de recursos prejudicam serviços de saneamento e saúde do Amapá
No segundo capítulo desta série, a reportagem do Estadão mostra como os serviços públicos de saúde e saneamento entram em colapso com o desvio dos recursos. A Operação Mãos Limpas, deflagrada pela PF, apontou desvio de recursos da ordem de R$ 1 bi nos últimos 10 anos. Em Macapá, apenas 1% da população tem acesso à rede de esgoto e o serviço de saúde carece de equipamentos indispensáveis ao atendimento.
Capítulo 3: Educação recebe menos verba por desvio
No último episódio da série, a reportagem mostra como a corrupção prejudicou a construção de uma escola estadual. Mesmo com investimentos da ordem de R$ 4,5 milhões, duas vezes mais que o investido em uma escola de São Paulo, a escola foi construída sem um sistema de ventilação. Com isso, os alunos são obrigados a deixar a sala de aula mais cedo devido ao calor.