O senador Pedro Taques (PDT-MT) defendeu há pouco na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que o processo de cassação contra Demóstenes Torres (sem partido-GO) não teve qualquer falha na tramitação. No parecer lido ao longo de mais de uma hora na comissão, o relator da CCJ concluiu que o caso está pronto para ser votado em sessão secreta no plenário da Casa, o que deve ocorrer na próxima quarta-feira, dia 11.
"Desse longo, mas necessário relato, conclui-se pela absoluta compatibilidade dos procedimentos adotados pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar com as normas regimentais pertinentes e com os princípios do contraditório e da ampla defesa", afirmou.
Após a leitura do voto de Taques, os integrantes da CCJ vão discuti-lo e votá-lo. Demóstenes não está presente na reunião, sendo representado por seu advogado, Antonio Carlos de Almeida Castro, que fez uso da palavra na comissão. Ele voltou a contestar a legalidade das provas e afirmou que a defesa não teve acesso à integridade das provas apresentadas contra seu cliente. "(As provas) foram apresentadas de forma descontextualizada. O que a defesa pede é uma análise serena do que está posto nos autos. Sem esse massacre a que esse senador foi submetido", afirmou.
Nessa semana, Demóstenes usou o plenário do Senado para se defender das acusações e reafirmou ser inocente. "Hoje eu sou a bola da vez. Se a tramoia der certo comigo e me amputar o mandato, daqui a pouco pode se repetir com outra vítima, um outro senador. É preocupante o precedente de tentar cassar um senador com base em provas ilegais", afirmou nessa terça-feira, 3.