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Vídeo comparando Serra a Hitler derruba mais um integrante da equipe de Haddad

Bruno Lupion, de O Estado de S. Paulo

Por Bruno Lupion
Atualização:

O núcleo de internet e mídias sociais da campanha de Fernando Haddad, candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, perdeu mais um integrante nesta quinta-feira, 9, após a divulgação no site do petista, na quarta-feira, 8, de um vídeo relacionando o candidato tucano José Serra ao ditador Adolf Hitler.

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Um funcionário da equipe do marqueteiro João Santana pediu as contas em solidariedade ao coordenador do núcleo, demitido no dia anterior por ter sido apontado como responsável pela divulgação do vídeo. Os nomes de ambos não foram divulgados.

Segundo petistas, Santana estava no Brasil na quarta-feira e se envolveu diretamente na demissão do coordenador, que teria desobedecido um protocolo interno da campanha. Santana também trabalha pela reeleição do presidente venezuelano Hugo Chávez e tem dividido seu tempo entre São Paulo e Caracas.

O videoclipe caseiro, de três minutos de duração, foi produzido de forma independente pelo músico Mamuti 011, como uma resposta ao uso do nome de um festival de rap pela campanha de Serra, e está disponível no site Youtube desde o último dia 2.

Na tarde de quarta, o videoclipe foi divulgado na primeira página do site de Haddad e retirado algumas horas depois, devido à repercussão negativa. Para destacar o material, a equipe do petista chegou a montar uma vinheta com o título da música (E agora José?) na fonte tipográfica usada pela campanha de Haddad. Segundo Mamuti 011, a equipe do petista não o consultou sobre o uso do vídeo.

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Haddad disse que o vídeo era "inadequado", mas descartou a possibilidade de pedir desculpas pelo tom ofensivo. "Não vi (o vídeo), mas considero correta a decisão que foi tomada pela coordenação da campanha de afastar o responsável", afirmou, na quinta-feira.

Na mesma data, Serra classificou a divulgação do vídeo no site do petista como "baixaria". "As pessoas querem, nessa campanha, troca de ideias e até críticas a questões concretas, e não insultos. Portanto, eu só tenho a lamentar", disse.

 

 

 Foto: Estadão

 

 Foto: Estadão

 

 
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