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Em posse de Brizola Neto, Dilma critica juros, impostos e câmbio

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Por Redação
Atualização:

Estadão.com.br

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Em uma cerimônia rápida marcada pela presença das principais personalidades políticas brasileiras, o novo ministro do Trabalho Brizola Neto (PDT-RJ) foi empossado nesta quinta-feira, 3, em solenidade no Palácio do Planalto.

Dilma Rousseff enalteceu o crescimento do número de postos de trabalho e comparou aos níveis observados internacionalmente ao dar início ao seu discurso. Segundo ela, o Brasil navega na contramão ao criar, somente neste ano, mais de 2 milhões de vagas. A presidente citou Lula ao falar sobre a nova realidade brasileira de formalização de empregos.

Além de criticar a manipulação do câmbio, a presidente falou ainda sobre os desafios para o novo posto e afirmou que o seu governo terá a partir de agora: diminuir a taxa de juros aos níveis praticados pelo mercado internacional e a diminuição dos impostos para aumentar a competitividade dos produtos brasileiros.

Para Dilma, o caminho do crescimento é o da educação e o da capacitação do trabalhador. "Trazemos ao Ministério do Trabalho um jovem que simboliza, principalmente pelo sobrenome, um século de lutas pelas conquistas do trabalhador brasileiro. Carrega a história de seu bisavô João Goulart", disse ela relembrando que, na mesma idade de Brizola Neto, Jango foi empossado ministro do Trabalho do governo Vargas. "Brizola Neto ocupa a partir de hoje um cargo criado por um estadista e levado por um trabalhista", disse.

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Em um discurso marcado por agradecimentos, Brizola diz que o desemprego já não faz mais parte da realidade brasileira e pontuou que é preciso ter avanços na política trabalhista brasileira. Brizola finalizou o seu discurso resgatando o nome de seu avô, ao dizer que o seu sobrenome integra uma linha de boa trajetéria redesenhada por Lula e depois Dilma.

Acompanhe passo a passo a solenidade:

11:28 - O ministro do Trabalho Paulo Roberto Pinto toma a palavra. Ele agradece a todos os envolvidos em sua gestão de cinco meses, inclusive Carlos Lupi (PDT). Ele deseja sucesso a Brizola Neto e diz que torce para continuar a gestão que o Brasil precisa.

 11:33 - Dilma assina o termo que dá posse a Brizola Neto. O deputado é convidado a assinar o termo de sua posse.

11:34 - Brizola Neto toma a palavra. Segundo ele, o desemprego já era considerado como fatalidade no Brasil antes. Ele diz que desenvolvimento sem justiça social é uma impossibilidade e construção precária incapaz de se sustentar. O Brasil com inserção própria nasceu com a imersão dos trabalhadores, diz ele. Não é humano queimar o trabalhador no processo de criação de riquezas, diz ele. As relações de trabalho devem ser modernizadas, diz ele, principalmente em um momento em que o Brasil vive um momento de desenvolvimento. É preciso que haja avanços no caminho do avanço das relações de trabalho. O ser humano é o princípio e o fim das relações de trabalho. Se o trabalho é parte da coluna cervical do Brasil, é justo que o ministério do Trabalho esteja a altura desse desenvolvimento. Precisa fazer parte da discussão e formalização de políticas sociais que finalmente se abrem para o País. Ele cita Leonel Brizola e diz que o sobrenome integra linha de boa trajetéria redesenhada por Lula e depois Dilma. Mais do que honra desse convite, é o dever de corresponder aos desafios. O Brasil vive um momento luminoso de sua história, experimentamos um desenvolvimento social que torna o momento muito especial para o nosso País. Formou-se a ideia de que é possível uma nova vida. Esse gigante não nasceu para ser colônia, afirmou.

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11:45 - Dilma Rousseff toma a palavra. Ela inicia seu discurso agradecendo a todos os presentes. Ela diz que durante o período que Paulo Pinto comandou a Pasta, o manteve com continuidade. também agradeceu Carlos Lupi. Apesar dos impactos da crise internacional, o Brasil passa por um período de crescimento e diz que o desemprego está nos mais baixos patamares, quando comparado a países desenvolvidos, como os EUA. No Brasil,e la diz que está em 6%. Nos EUA, 10%. Estamos em um movimento contrário do que acontece lá fora, diz ela. Ela cita 2007. Diz que a Organização Mundial do Trabalho afirma que houve redução dos postos de trabalho em 50%, redução da lei trabalhista. Nós navegamos na contramão dessa tendência, diz ela. Nós criamos milhões de vagas. Só neste ano 2,4 milhões de vagas. O Brasil também vive uma era de formalização de empregos. Ficou no passado a época em que os trabalhadores precisam fazer bicos para viver. Ela cita o governo Lula e diz que houve uma mudança no qual o Brasil encara a renda e o emprego dos brasileiros. Mudamos a forma de conceder desenvolvimento, diz ela. Buscamos de forma incansável manter a volutez fiscal do país, assim como a macro economia. temos 3 grande problemas a solucionar. Queremos taxas de juros compatíveis às praticadas no mercado internacional, queremos que o nosso câmbio não seja objeto de políticas monetárias expansionistas e que de forma artificial valorize a moeda brasileira, queremos também que o País tenha impostos mais baixos para segurar a competitividade dos produtos nacionais, diz ela. O caminho do crescimento é o da educação e o da capacitação do trabalhador. É um processo que não se faz do dia para a noite. Por isso trazemos ao cargo do Trabalho um jovem que simboliza, principalmente pelo sobrenome, um século de lutas pelas conquistas do trabalhador brasileiro. Carrega a história de seu bisavô João Goulart. Diz que na mesma idade de Brizola Neto, Jango foi empossado ministro do Trabalho do governo Vargas. Brizola Neto reforça a força do trabalhismo no nosso País, diz ela. Reforça também a nossa parceria com o PDT, aqui presidido por Carlos Lupi e Brizola e tantos outros líderes históricos. Brizola Neto ocupa a partir de hoje um cargo criado por um estadista e levado por um trabalhista. É juntando passado com presente que construiremos para o futuro uma força simbólica e capacidade de trabalho e liderança do novo ministro. Ela, então dá as boas vindas a Brizola Neto.

12:01 - O novo ministro recebe os cumprimentos.

12:02 - Está encerrada a solenidade.

 

 
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