De acordo com Hage, a "individualização de responsáveis" é feita em processos disciplinares da CGU e, se mencionasse nomes, tiraria o direito de defesa dos acusados. "Se apontássemos responsáveis antes de ouvir um por um, em processos disciplinares específicos, essas mesmas pessoas iriam gritar, e aí com razão", afirmou.
Após a divulgação das denúncias de irregularidades, em julho, 31 ex-dirigentes e servidores do ministério, do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e da Valec (responsável pelas ferrovias) estão envolvidas em nove processos. Do total, 17 foram notificados a apresentar defesa. O resultado dos processos não têm prazo para serem concluídos, segundo o ministro. "Não adianta ficar ansioso e querer atropelar os prazos legais de defesa", disse.
Auditoria. O relatório, cuja íntegra será disponibilizada nesta sexta, afirma que o esquema de corrupção nos Transportes provocou prejuízo de pelo menos R$ 682 milhões aos cofres públicos. A auditoria menciona indícios de conluio, precariedade dos projetos, preços excessivos, serviços não executados, adulteração em medições de obras, direcionamento em concorrência, entre outros problemas.