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Aliada do governo, Força Sindical pede afastamento imediato de Palocci

Anne Warth, da Agência Estado

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Por Jennifer Gonzales
Atualização:

O presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, pediu em nota o imediato afastamento do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci. De acordo com Paulinho, que é aliado do Palácio do Planalto, os esclarecimentos que Palocci deu sobre seu patrimônio e a atuação de sua empresa, a consultoria Projeto, não foram suficientes e a permanência do ministro prejudica o governo da presidente Dilma Rousseff.

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"As evidências de ter praticado atitudes não republicanas que pairam sobre o ministro fazem com que sua credibilidade vá, a cada dia, se deteriorando", afirmou o deputado, em nota. "O imediato afastamento do ministro só trará benefícios para o País, que vive um bom momento econômico, com pleno emprego e sinais de controle inflacionário, mas começa a sentir a paralisia política do governo devido às incertezas que cercam o atual ocupante da Casa Civil do Palácio do Planalto."

Na nota, Paulinho afirma que Palocci ainda precisa dar explicações à população e condena a postura do ministro. "O povo brasileiro está vendo com ceticismo a defesa apresentada para tais denúncias, e anseia por uma resposta convincente e verdadeira", afirmou. "Ocupante este que tem a importante função de articulador político e âncora do governo, mas que, infelizmente, tornou-se refém do silêncio, passando a acreditar apenas no tempo como seu aliado."

Na avaliação dele, a permanência de Palocci no cargo paralisa o governo Dilma. "O projeto de governo, vitorioso nas últimas eleições, não pode permitir compromisso com o erro e com a falta de lisura por parte de membros do governo, muito menos por funcionários de tão importante função", afirmou. "Privar os brasileiros da verdade sobre os atos do ministro Palocci é uma atitude que gera suspeita sobre o governo e de seus integrantes para com os cidadãos, o que não é saudável em uma plena democracia."

Leia a nota na íntegra:

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"O imediato afastamento do Ministro Palocci

 Os trabalhadores brasileiros têm acompanhado com muita atenção e preocupação os meios de comunicação que, há várias semanas, vêm veiculando denúncias envolvendo o ministro da Casa Civil, Antônio Palocci. Denúncias estas que incluem a multiplicação de seu patrimônio e as atividades de sua consultoria, denominada Projeto.

As tentativas de esclarecimento do ministro da Casa Civil, apenas para cumprir formalidades, não foram suficientes para arrefecer o desgaste a que vem sendo submetido o braço direito da atual presidenta.

Entendemos que o ministro Palocci ainda deve explicações ao povo brasileiro, visto que, sendo servidor público de alto escalão, deve servir de exemplo e ser pautado pela ética, pela transparência e pela moralidade pública.

O povo brasileiro está vendo com ceticismo a defesa apresentada para tais denúncias, e anseia por uma resposta convincente e verdadeira. As evidências de ter praticado atitudes não republicanas que pairam sobre o ministro fazem com que sua credibilidade vá, a cada dia, se deteriorando.

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O imediato afastamento do ministro só trará benefícios para o País, que vive um bom momento econômico, com pleno emprego e sinais de controle inflacionário, mas começa a sentir a paralisia política do governo devido às incertezas que cercam o atual ocupante da Casa Civil do Palácio do Planalto.

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Ocupante este que tem a importante função de articulador político e âncora do governo, mas que, infelizmente, tornou-se refém do silêncio, passando a acreditar apenas no tempo como seu aliado.

O projeto de governo, vitorioso nas últimas eleições, não pode permitir compromisso com o erro e com a falta de lisura por parte de membros do governo, muito menos por funcionários de tão importante função.

Privar os brasileiros da verdade sobre os atos do ministro Palocci é uma atitude que gera suspeita sobre o governo e de seus integrantes para com os cidadãos, o que não é saudável em uma plena democracia.

Entendemos que a permanência do ministro no governo vai, com certeza, dificultar as ações governamentais, contaminando uma agenda positiva instruída a dar rumo ao crescimento econômico, à diminuição da pobreza e ao fortalecimento da democracia por uma sociedade mais justa."

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Paulo Pereira da Silva (Paulinho), presidente da Força Sindical

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