Foto do(a) blog

Informações, análises e bastidores do poder

Acusações de Aldo são 'falsas e levianas', afirma Marina

Eduardo Bresciani, do estadão.com.br

PUBLICIDADE

Por Lilian Venturini
Atualização:

A ex-candidata à Presidência Marina Silva (PV) classificou nesta quinta-feira, 12, de "levianas" as acusações feitas a ela e seu marido, Fabio Vaz de Lima, pelo relator do projeto de reforma do código florestal, Aldo Rebelo (PC do B-SP). Durante a sessão de quarta-feira, 11, Aldo afirmou que o marido da senadora fraudou contrabando de madeira. O relator disse ainda ter defendido a senadora e o marido na ocasião da acusação por ser líder do governo.

Marina afirmou que as acusações feitas contra seu marido são "falsas" e "levianas". Segundo ela, as denúncias surgiram quando ela era ministra do Meio Ambiente e comandou um processo conjunto do Ibama com a Polícia Federal para combater o desmatamento. A senadora afirmou que com a ação foram levadas 725 pessoas para a prisão e aplicado R$ 4 bilhões em multas. "Isso gerou fúria contra mim", afirma.

 Foto: Estadão

PUBLICIDADE

A ex-candidata disse que naquela ocasião houve um requerimento para convocar o marido da senadora para depor na Câmara e que houve a ação de Aldo para evitar a aprovação. "Até ontem [quarta] eu imaginava que o encaminhamento do líder do governo era por seu convencimento. Não há porque me cobrar nada. Se ele não tinha convencimento não tinha porque ter evitado o depoimento."

Ela sugeriu que a citação de Aldo pode ter a intenção de enfraquecê-la no debate do código florestal. "Não vão nos intimidar, não vamos permitir cortina de fumaça." A ex-candidata afirmou que seu marido vai analisar se tomará ou não alguma medida judicial contra o relator.

Marina aproveitou a entrevista para fazer críticas ao trabalho do relator. Segundo ela, o texto proposto por Aldo é um "retrocesso" e está cheio de "pegadinhas". Um dos muitos pontos criticados pela senadora é a permissão de pastoreio nas áreas de preservação permanente de encostas e topos de morro. Ela afirmou ainda que o texto é um "incentivo a novos desmatamentos" e um "desrespeito a quem cumpre a lei."

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.