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Estado de Minas: Eleições municipais estão cheias de verbas da discórdia

Por Lilian Venturini
Atualização:

Por Estado de Minas

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Na primeira semana de campanha eleitoral, os deputados estaduais colocaram o pé no acelerador para encerrar hoje o primeiro semestre de trabalhos no Legislativo. A votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias, que poderia ocorrer até quarta-feira, para marcar o início do recesso, foi antecipada com a aprovação de projetos de crédito suplementar, carreira de servidores e fundos estaduais. O encerramento é em clima de discórdia. Alguns parlamentares estão insatisfeitos com o secretário de Saúde, Antônio Jorge, que estaria enviando recursos às bases sem comunicar aos deputados majoritários da região.

Poderá ficar para agosto a votação de um requerimento do líder da maioria, deputado Gustavo Valadares (PSD), para convocar o secretário a dar explicações no Legislativo. Segundo parlamentares, ele está destinando verbas aos municípios à revelia dos deputados. Um parlamentar aliado do governo Anastasia que não quis se identificar afirmou ontem que um adversário político seu se beneficiou das ações da pasta. Para uma das cidades foi destinado R$ 1,5 milhão. O mesmo valor havia sido enviado no ano passado para a base de um colega, que chegou a reclamar com o governador e teve a promessa de que não ocorreria mais. "No mês passado ele destinou quase R$ 900 mil de novo para minha base sem o meu conhecimento. Estou insatisfeito e vou levar isso ao conhecimento do governador", disse o parlamentar.

A ação do secretário, na avaliação de colegas, seria para se credenciar para concorrer a uma vaga de deputado estadual em 2014. Autor do requerimento para convocação do secretário, Gustavo Valadares afirmou que quer saber os critérios de distribuição da verba. "Alguns deputados estão incomodados com a maneira com que a secretaria está distribuindo os recursos. O secretário precisa melhorar a interlocução com os deputados", afirmou Valadares. Entre os governistas a ordem é evitar o confronto. O secretário já teria avisado que, se convocado, não pretende ir à Assembleia. Com o início do recesso, a estratégia é tentar esfriar o clima e resolver o racha sem maiores traumas.

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