Por Diário de Pernambuco
Com a entrada do PMDB no apoio à candidatura do ex-secretário estadual de Desenvolvimento Geraldo Júlio (PSB), a oposição do Recife tem uma nova missão: explicar ao eleitor a "origem" do candidato socialista, que até então ocupava cargos estratégicos no governo Eduardo Campos. Em entrevista ao programa Super Show, na Rádio Clube 720 AM, o pré-candidato do DEM à prefeitura do Recife, o deputado federal Mendonça Filho, confessou que deve adotar como uma das estratégias na campanha a associação do nome do ex-secretário ao grupo que parte da gestão do prefeito João da Costa (PT). "Eles representam uma continuidade, não uma mudança", alfinetou.
"É uma missão da oposição nesta eleição, explicar, deixar bem claro ao eleitor que esta candidatura não é de oposição. Que o partido de Geraldo Júlio está há 12 anos na gestão do PT no Recife. Inclusive, com o vice-prefeito (Milton Coelho). Eles têm a mesma responsabilidade que João da Costa com a gestão, fizeram e fazem parte dela", disse.
O democrata, que está com a convenção marcada para amanhã, às 13h, no Clube Português, também anunciou que nessa eleição contará com os apoios dos caciques de seu partido. "O ex-prefeito Roberto Magalhães, o ex-governador Marco Maciel estarão na convenção do partido. São homens de grande espírito público e que estão ao lado dos interesses da sociedade", arrematou.
Um das "metas" do grupo também é enfatizar o legado do partido na cidade, que governou o Recife antes do prefeito João Paulo (PT), até o ano 2000, com Roberto Magalhães à frente da gestão. "A cidade perdeu o rumo. Ando pelas ruas e escuto as preocupações do trânsito. Não temos educação de qualidade, saúde e a mobilidade, até no investimento no transporte público, é zero. Temos que parar com essa conversa de jogar as responsabilidades para o governo federal e estadual", criticou.
