Já sabemos que a moda brasileira é sucesso de público e crítica no exterior - nomes como Carlos Miele, Rosa Chá, Francesca Giobbi, Reinaldo Lourenço, Gloria Coelho, Alexandre Herchcovitch e outros são habitués das passarelas internacionais, normalmente cobertos de elogios.
Por isso foi com espanto que li uma crítica demolidora no Washington Post sobre a coleção que Herchcovitch mostrou no Bryant Park, na semana de moda de Nova York.
O título da crítica era "As novas roupas do imperador. Sério" e o texto vinha ilustrado com a foto acima, que vinha acompanhada da seguinte legenda: "Lixo total: a coleção de outono de Alexandre Herchcovitch beira o ridículo com vestidos e tops que parecem destinados à pilha de lixo da indústria fashion". Ouch.
A autora da crítica, Robin Givhan, diz que vários estilistas apresentaram coleções bizarras, tudo em nome da "liberdade criativa".
"No sábado à tarde, o designer Alexandre Herchcovitch mostrou na passarela do bryant Park um grupo de vestidos e tops que pareciam ter sido feitos com sacos de lixo pretos. Ninguém riu. A multidão ficou em silêncio respeitoso. Se um designer quer pensar em público sobre a noção da "mulher como lixo", a indústria vai lhe dar espaço."
PS - Há que se fazer a ressalva que a expertise do Washington Post não é exatamente crítica de moda...