José Nêumanne
27 de julho de 2018 | 18h11
Sorridente à mesa, entre Paulinho e Alckmin, a quem prometeu dar força, o outro Ciro votaria em Lula. Foto: Dida Sampaio/Estadão
Na segunda metade do século passado, o mundo encantou-se com uma escola literária latino-americana chamada de “realismo mágico” na qual muitos escritores brilharam. E o Brasil, que não teve participação muito destacada nessa tradição, agora dá uma contribuição a essa espécie de crônica da tragédia anunciada. A mesa da ceia profana em torno de Alckmin para estancar a sangria da Lava Jato; o suspeito que apoia o tucano, mas queria mesmo era votar em Lula; o presidente que voa para fora do País sem necessidade e volta correndo para evitar que um aliado insignificante não fique inelegível; e um presidiário articulando nas férias candidaturas de um partido que se diz socialista e se solidariza com um assassino de dissidentes são cenas desse sórdido surrealismo tropical. Esta foi a linha de meus comentários no programa Estadão às 5, transmitido do estúdio da TV Estadão no meio da redação do jornal, retransmitido por Youtube, Twitter e Facebook e ancorado por Emanuel Bomfim na sexta-feira 27 de julho de 2018, às 18 horas.
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