José Nêumanne
06 de dezembro de 2018 | 12h21
Ao apelarem para espírito de corpo da cúpula do Judiciário, Toffoli e Lewandowski revelam ignorância e incompreensão. Foto: C NJ
O presidente do STF, Dias Toffoli, perdeu completamente o senso do ridículo ao mandar o ministro extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann, e a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, investigar o bate-boca em voo de carreira de São Paulo para Brasília, entre seu colega Ricardo Lewandowski e o advogado Cristiano Caiado de Acioli. O que este disse ao ministro – “sinto vergonha do Supremo” – foi registrado por celulares e distribuído em redes sociais, não tendo, portanto, sigilo de Justiça e não configura crime. Ao contrário, o direito a opinião não exclui a cúpula do Judiciário. E certamente a PF e o MPF têm muito mais o que fazer do que proteger a duvidosa honra do STF.
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Assuntos para comentário da quinta-feira 6 de dezembro de 2018
1 – Haisem – Toffoli pediu a PGR e PF investigação sobre ofensas do advogado Cristiano Caiado ao STF dirigidas a Lewandowski, que diz que tentou defender a honra do Supremo. Entidades de juízes e promotores se solidarizam com Lewandowski. E Janaína Paschoal garante que não é crime criticar.
2 – Carolina – IBGE anuncia aumento do mais de 2 milhões de brasileiros abaixo do nível de pobreza
3 –Haisem– Câmara libera gastos pelas Prefeituras e manda Lei de Responsabilidade Fiscal às favas
4 – Carolina– Grace Mendonça, advogada geral da União, será sócia de Arnold Wald, advogado da Codesp na arbitragem da dívida da Libra, chefiada por um ex-sócio do mesmo escritório. Não é estranho?
5 – Haisem – Mourão e Bolsonaro dizem que Onyx será afastado do ministério caso haja denúncia “robusta”.
6 – Carolina – Moreira diz em entrevista ao Estadão que “campanha moral contra Temer” impediu avanço do Brasil
7 – Haisem – PGR denuncia Geddel, irmão e a mãe pelos 51 milhões descobertos em dinheiro vivo no apartamento
8 – Carolina – Estudo do Ministério da Fazenda mostra que Previdência paga 12 vezes mais para os mais ricos do que para os mais pobres. O Globo, Miriam Leitão
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