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Direto ao assunto

Recorde do cinismo

Para não cumprir penas a que foi e será condenado Lula põe a culpa pela crise em juízes, promotores e policiais

Por José Neumanne
Atualização:

Na Baixada Fluminense, Lula tenta por nos cidadãos a venda que usa para não enxergar seus crimes Foto: Antonio Lacerda/EFE

Ao acusar a Lava Jato de ser a responsável pela falência do Rio de Janeiro e a penúria do cidadão fluminense em discurso no Comperj, refinaria da Petrobrás cujos cofres foram devastados no desgoverno dele e no de seu poste Dilma, o multirréu Luiz Inácio Lula da Silva está criando uma nova jurisprudência no direito internacional: se o réu está encalacrado ele pode culpar o juiz, promotores e policiais que o condenam pelo crime que ele cometeu e assim sair inocente do processo. Ou seja, a culpa pelo crime não é do criminoso, mas da lei e da justiça. O cinismo dele atingiu o cúmulo, superando o ex-governador Sérgio Cabral, do PMDB, ao qual o PT se associou para produzir a desgraça geral: patrocinaram a falência do Estado e a penúria do cidadão fluminense, culpou os agentes da lei e ele correu pra galera. Eles não têm limites mesmo.

(Comentário no Jornal da Gazeta da Rádio Gazeta - FM 107,3 - na sexta-feira 8 de dezembro de 2017, às 7h30m)

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Abaixo, a degravação da íntegra do comentário

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Eldorado 8 de dezembro de 2017 Sexta-feira

Em caravana há três dias pelo Espírito Santo e o Rio, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou ontem que a Operação Lava Jato teria ajudado a quebrar o Rio de Janeiro. Até que ponto ela pode ter razão, por mínima que seja?

"A Lava Jato não pode fazer o que está fazendo com o Rio. É preciso fazer uma distinção: se um empresário errou, prende o empresário. Mas não precisa quebrar a empresa,  porque quem paga o pato é o trabalhador, que é inocente", afirmou o petista. "Por causa de meia dúzia que eles dizem que roubou, e que ainda não provaram, não podem causar o prejuízo que estão causando à Petrobras", completou, em um ato em Maricá, cidade praiana a 60 quilômetros da capital fluminense governada pelo PT.

"Eu nunca na minha vida vi o Rio tão pobre, infeliz, quase na falência. O governador não tem 1% de aprovação, o outro governador está preso, o outro também, a governadora também, o presidente da assembleia também. A política está em processo de destruição no País e o Rio é a grande vítima disso", continuou, referindo-se ao governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), aos ex-governadores Sérgio Cabral  (PMDB), Anthony Garotinho  (PR) e Rosinha Garotinho (PR) e ao presidente afastado da Alerj Jorge Picciani (PMDB).

O multirréu Luiz Inácio Lula da Silva está criando uma nova jurisprudência no direito internacional. Se o réu está encalacrado ele pode culpar o juiz, promotores e policiais que o condenam pelo crime que ele cometeu e assim sair inocente do processo. Ou seja, a culpa pelo crime não é do criminoso, mas da lei e da justiça. O cinismo dele atingiu o cúmulo. Patrocinou a falência do Rio e a penúria do cidadão fluminense, culpou os agentes da lei e correu pros braços da galera. Não tem limites mesmo.

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Julgamento do Supremo Tribunal Federal sobre poder das assembléias de livrarem seus membros foi suspenso em suspense com 5 votos a 4 no placar provisório, faltando 1 para fixar maioria com 2 para votar. Será que a cúpula do Judiciário não se entende sobre nada?

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A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, suspendeu nesta quinta-feira (7) o julgamento de três ações diretas de inconstitucionalidade que questionam a imunidade conferida a deputados estaduais pelas Constituições do Rio de Janeiro, do Mato Grosso e do Rio Grande do Norte. Cármen decidiu aguardar o retorno dos ministros Ricardo Lewandowski (que está de licença médica) e Luís Roberto Barroso (que cumpre agenda no exterior), para concluir a análise do tema.

SONORA 0812 LUCIA

Não há previsão de quando o julgamento vai ser concluído, mas a volta do ministro Barroso está prevista para a semana que vem - a presidente do Supremo quer aguardar os dois. A discussão sobre a imunidade de deputados estaduais dividiu o plenário do Supremo: cinco ministros (Edson Fachin, Rosa Weber, Luiz Fux, Dias Toffoli e Cármen) votaram contra a possibilidade de as assembleias revogarem prisões contra deputados estaduais, enquanto outros quatro integrantes da Corte (Marco Aurélio Mello, Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e Celso de Mello) se posicionaram a favor dessa possibilidade.

SONORA 0812 MELO

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O Judiciário atingiu um tal grau de politicagem e espírito serviçal aos políticos de plantão, que aprovaram seus membros para o auge da carreira que nem se pode mais falar em tribunal, mas na soma de 11 ministros que agem cada um de acordo com suas idéias, interesses e ambições. É a zorra total e isso faz um mal imenso à democracia. O STF deixou de ser inútil para atrapalhar a democracia agindo em nome da justiça e da lei.

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, decretou a quebra de sigilo fiscal e bancário do senador Aécio Neves (PSDB). Isso quer dizer que os tucanos deixaram de ser imunes à lei?

O período alcançado pela medida vai de 1ª janeiro de 2014 até 18 de maio deste ano, 'a fim de rastrear a origem e o destino dos recursos supostamente ilícitos. A cautelar abarca, inclusive, os meses que antecederam a eleição presidencial daquele ano em que o tucano foi derrotado por Dilma Roussef (PT).

A quebra de sigilo, requerida pela procuradora-geral, Raquel Dodge, se estende a outros investigados na Operação Patmos - suposta propina de R$ 2 milhões da JBS para o senador. São alvos da cautelar a irmã e o primo do tucano, Andrea Neves e Frederico Pacheco, o ex-assessor do senador Zezé Perrella (PMDB-MG), Mendherson Souza, e as empresas Tapera e ENM Auditoria e Consultoria.

Ao pedir a quebra de sigilo bancário e fiscal do tucano, Raquel mencionou que o presidente da J&F Investimentos S.A., Joesley Batista, e Ricardo Saud, diretor de Relações Institucionais, 'descreveram relação espúria entre o grupo empresarial e o senador da República Aécio Neves da Cunha, reportando-se ao pagamento de propina, no valor de R$ 60 milhões, em 2014, realizada por meio da apresentação de notas fiscais frias a diversas empresas indicadas pelo parlamentar'. De acordo com Saud e Joesley, os valores serviam para a suposta compra de partidos que apoiariam o tucano nas eleições daquele ano. Raquel ressaltou ainda 'a utilização, pelo parlamentar, do mandato para atender a interesses do grupo, indicando, como exemplo, a liberação de créditos do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS de pessoas jurídicas da J&F Investimento.

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A procuradora-geral ainda voltou a mencionar as supostas propinas de R$ 2 milhões da JBS, alvo da Operação Patmos ao embasar o pedido de quebra de sigilo. Na mesma decisão, Marco Aurélio ainda negou a quebra de sigilo do filho do senador Zeze Perrella (PMDB), Gustavo Henrique Perrela Amaral Costa e do contador Euler Nogueira Mendes. O criminalista Alberto Zacharias Toron, que defende o senador Aécio Neves, disse que a medida tomada pelo ministro Marco Aurélio Mello 'é absolutamente normal na fase de inquérito'. Mello também tirou da prisão domiciliar e a tornozeleira eletrônica de Andrea Neves, irmã do senador Aécio Neves(PSDB-MG). A decisão alcança o primo do tucano Frederico Pacheco, o Fred, e o ex-assessor parlamentar Mendherson Souza Lima, do senador Zezé Perrella (PMDB-MG).

O elogio de Torón ao ministro demonstra claramente que pode haver acordo entre este e a defesa. Sou capaz de apostar que nada de delituoso será encontrado nas contas de Aécio. Se eu ganhar esta aposta chegaremos à triste conclusão de que não se pode mais esperar justiça do STF.

Como fica Sérgio Cabral depois que o ex-amigo e assessor que se diz seu operador fez delação premiada e o entregou ao juiz?

Interrogado na 7ª Vara Federal Criminal, como delator, o principal operador do suposto esquema de corrupção chefiado pelo ex-governador do Rio Sérgio Cabral Filho (PMDB), Carlos Miranda, confirmou que empresas contratadas pelo Estado pagavam 5% por contrato à organização criminosa do peemedebista. Ele também confirmou a afirmação do empresário Fernando Cavendish, da Delta Construções, de que abateu o valor de um anel comprado para a ex-primeira dama do Estado, Adriana Ancelmo - cerca de R$ 800 mil - de propina repassada a Cabral.

"Fernando Cavendish me informou que tinha esse gasto para ser descontado desta propina e eu fiz a contabilidade desse valor", disse o novo delator ao juiz Marcelo Bretas. Miranda fechou delação com o Ministério Público Federal (MPF), homologada pelo Supremo Tribunal Federa (STF). A informação foi divulgada pela defesa do próprio delator durante o depoimento.

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Sérgio Cabral já atingiu o ápice da falta de decoro em seus depoimentos a Marcelo Brêtas. Isso, contudo, não adianta. O tal do Miranda pôs por terra todas as suas alegações. E em Maricá Lula mostrou que ele é um cínico aprendiz, que convence ainda menos do que o petista multirréu.

O governo já comprometeu R$ 43,2 bilhões nos próximos anos para aprovar a reforma da Previdência, mas o esforço ainda não favorece a contabilidade de votos do Planalto. Até agora, só o PMDB e o PTB decidiram obrigar seus deputados a apoiar a proposta. E agora?

Partidos com ministérios, como o PSD - de Henrique Meirelles e Gilberto Kassab - além do DEM, ainda não tomaram essa decisão. O PP, que comanda Saúde, Cidades e Agricultura não obrigará o voto a favor, mas disse que vai garantir 90% de votos favoráveis da bancada.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sinalizou nesta quinta-feira, 7, a investidores que, caso a votação não se viabilize antes das eleições do ano que vem, confia na aprovação em 2019, segundo apurou o Estadão/Broadcast. A indicação de Maia foi interpretada como uma forma de preparar o mercado para uma eventual frustração da aprovação do projeto ainda no governo Michel Temer.

O líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), anunciou nesta quinta-feira que a votação foi marcada para dia 18.

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Eunício também presidirá sessão extraordinária do Senado para garantir aprovação de uma série de projetos que foram negociados como barganha pela reforma, entre eles renegociações de débitos tributários de micro e pequenas empresas e do setor rural, além da compensação de R$ 1,9 bilhão a Estados e municípios por conta de desonerações de ICMS nas exportações. No total, já foram comprometidos R$ 43,2 bilhões.

Há quem diga no governo que Temer cedeu antes da hora, colocando o ajuste fiscal em risco. A preocupação da equipe econômica é que o aumento das despesas, principalmente em 2018, comprometa o teto de gastos, que limita o avanço das despesas à inflação.

Além disso, renúncias de receitas podem deixar o governo sem margem de manobra para cumprir a meta fiscal em caso de qualquer frustração nas receitas. O certo é que a reforma está desmilinguindo e fica cada vez mais evidente que vai sobrar tudo para o presidente eleito em 2018 conseguir fazer aprovar no Congresso renovado uma reforma que de fato evite o desmoronamento total das contas públicas.

Segundo Lauro Jardim, no Globol, "as negociações da Oi fervem. O que está acontecendo que não tenha sido previsto ainda?

O colega publicou que não foi tranquila a reunião entre credores e Eurico Teles, o CEO que assumiu a negociação da recuperação judicial da empresa após seu antecessor, Marco Schroeder, ter se demitido acusando pressões dos acionistas. Os bondholders Aurelius e o G3 não aceitaram a proposta de Teles, que quer seguir o plano anterior do conselho de administração, com algumas concessões. Pela conta dos credores, uma diluição de 60 a 70%.

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O Aurelius e G3 não topam a proposta. Pede ao seu amigo para tentar ligar para esses Aurelius e G3 e tentar saber o que está acontecendo e quem são os advogados desses credores

E La nave va, meus amigos. Temos de ficar alertas e prometo que não vou deixar essa gente avançar sobre nossa economia. Estarei sempre alerta.

SONORA Cambalache Carlos Gardel

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