Três anos depois de haver estarrecido o mundo com a explosão da represa de rejeitos da Vale em Fundão, Mariana, Minas Gerais, o Brasil bate mais um recorde com a tragédia de sexta-feira em Brumadinho, onde se concretizou a metáfora perfeita deste país que virou lama. O drama humano provocado pela lama seca que cimentou centenas de mortos, dos quais só uma parte ínfima será sepultada pelos parentes, supera em dor de famílias atingidas a destruição da memória brasileira no incêndio do Museu Nacional do Rio de Janeiro e recentes interdições do tráfego em Brasília e São Paulo motivadas pelo bloqueio de viadutos por falhas estruturais na construção e total falta de manutenção. Este é meu comentário no Estadão Notícias, no Portal do Estadão desde 6 horas de segunda-feira 28 de janeiro de 2019.