É incrível o roteiro mirabolante escrito pela defesa de Lula para garantir as farsas das quais depende o destino do PT. Primeiro, pediu ao relator da Lava Jato no STF, Edson Fachin, que soltasse o cliente para ele não ficar em desvantagem com os concorrentes na corrida presidencial, que estão soltos, enquanto ele fica preso. Se o ministro não concedesse a mercê, poderia transferir a tarefa para a Segunda Turma, com cuja benemerência os causídicos lulistas contavam. Mas Fachin transferiu a tarefa ao plenário e logo a defesa desistiu do pedido de liberdade para não arriscar a farsa da falsa candidatura proibida pela Lei da Ficha Limpa. Para completar, pediram a mesma coisa a Alexandre de Moraes. E ainda há na Justiça quem leve a sério essa chicanagem ao estilo do realismo mágico latino-americano. Este foi um dos meus comentários no Estadão às 5, transmitido do estúdio da TV Estadão na redação do jornal, com ancoragem de Emanuel Bomfim, e com retransmissão de Youtube, Twitter e Facebook na terça-feira 17 de agosto de 2018, às 17 horas.