José Nêumanne
30 de abril de 2019 | 18h48
Em vez de se comprometer pessoalmente com manutenção da Coaf e da Segurança Pública com Moro, Bolsonaro finge que não quer criar conflito com Congresso. Foto: Fábio Motta/Estadão
O ministro da Justiça, Sérgio Moro, está tendo seu superministério esvaziado por um movimento na Câmara e no Senado para levar o Coaf de volta para o Ministério da Economia, da qual Bolsonaro mandou o porta-voz dizer que discorda, mas sem ter empenhado nenhuma vez a própria palavra. O movimento dos parlamentares assustados, suspeitos, acusados, processados e condenados pela Lava Jato e operações congêneres também quer retirar da pasta do ex-juiz da 13.ª Vara de Curitiba a Segurança Pública. O presidente nada faz concretamente para impedir essa safadeza que tira a força do combate à corrupção e ao crime, passando a impressão de que as pesquisas do Coaf sobre movimentações financeiras de seu amigo Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio na Alerj e parente de vários contratados nos gabinetes do senador e do vereador Carlos podem ter algo com isso. Direto ao assunto. Inté. E só a verdade nos salvará.
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