A Mesa da Câmara dos Deputados parou de procrastinar sua decisão definitiva a respeito da manutenção do mandato de Paulo Maluf até o fim do ano, quando este acabaria, e, por fim, o cassou por unanimidade. Preso há oito meses, mantido em prisão domiciliar em sua mansão no bairro rico dos Jardins em São Paulo, o parlamentar tornou-se o símbolo de hábitos pouco condizentes com a honorabilidade que se exige de um governante ou representante do povo na cúpula republicana. Símbolo da corrupção desde a época da ditadura militar, da qual os adversários lembravam que era um "filhote", ele manteve capital de votos, que o levou a aliar-se com antigos críticos, mas nem isso tinha mais. Este é meu comentário no Estadão Notícias, no Portal do Estadão desde as 6 horas da quinta-feira 23 de agosto de 2018.