José Nêumanne
26 de agosto de 2020 | 21h33
Flordelis foi mãe e sogra de Anderson antes de ser mulher e mandar filhos e neta matá-lo, porque não queria separação para “não dar mau exemplo à comunidade”, de que é pastora e cantora. Foto: Wilton Jr./Estadão
Numa homenagem a sua “vitória” sobre a covid-19, o presidente Jair Bolsonaro chamou todos os jornalistas brasileiros de “bundões”, pois, segundo aprendeu com Fabrício Queiroz na brigada de paraquedistas do Exército, ficam logo em estado grave, assim que são infectados pelo novo coronavírus. Com essa grosseria fuleira, menosprezou 115 mil brasileiros que morreram e milhares que correram risco de vida na pandemia. Enquanto isso, a deputada da base de seu governo e “terrivelmente evangélica” Flor de Lis mandou sete filhos e a neta assassinarem seu marido, Anderson do Carmo, com 30 balaços porque não podia separar-se dele e, assim, prejudicar sua imagem imaculada de cantora gospel, pastora e mãe de família exsemplar perante a comunidade de sua grei. Tudo gente fina, não é mesmo? Direto ao assunto. Inté. E só a verdade nos salvará.
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