José Nêumanne
05 de dezembro de 2018 | 17h52
Se será muito difícil Bolsonaro aprovar reforma da Previdência de uma vez só como remédio amargo, pior ainda será se fatiá-la. Foto: Ernesto Rodrigues/Estadão
A notícia de que o futuro governo vai ao Congresso para votar a reforma da Previdência logo de saída é alvissareira. No entanto, o método do fatiamento da mesma a ser empreendido é a crônica do fiasco anunciado, só que ele não virá de uma vez, mas em prestações que se derrubam como uma fila de peças de dominó da qual a primeira cairá depois de um piparote e as seguintes apenas refletirão o impulso da anterior estimulado pela lei da gravidade, que o velho Newton descreveu em 1666, aos 23 anos. Sendo as medidas necessárias um remédio amargo para uma doença fatal, mais sábio seria engoli-lo de uma vez após cuidadosa preparação. Ainda assim, com a condição do fim dos privilégios. E quem vai topar? Este foi um dos meus comentários no Estadão às 5, ancorado por Emanuel Bomfim e transmitido do estúdio da TV Estadão na redação do jornal por Youtube, Twitter e Facebook na quarta-feira 5 de dezembro de 2018, às 17 horas.
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