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Direto ao assunto

Família na policia

Após troa de Imbassahy por Marun, Secretaria de Governo sai da égide de Geddel para a de Cunha

Por José Neumanne
Atualização:

Geddel mudou-se pra Papuda, mas deixou gente de confiança no Planalto Foto: André Dusek;Estadão

O "Tesouro Perdido" - R$ 51 milhões guardados em espécie em caixas em apartamento de laranja de Geddel - pôs a Polícia Federal no rastro da família Vieira Lima: o ex-ministro de Temer e acusado de pertencer ao "quadrilhão do PMDB" Geddel, o deputado da base de apoio de Temer Lúcio e a mãe de ambos, Marluce, em cujo closet o funcionário Job Lima disse à Justiça que contava as notas nas quais a perícia encontrou suas impressões digitais. Segundo as más línguas, Geddel manda na Secretaria do Governo sob tucano Imbassahy, mas esse reinado deve ser substituído pelo de Eduardo Cunha, cujo criado de quarto Carlos Marun o subisttuirá na pasta.

(Comentário no Jornal da Eldorado da Rádio Eldorado - FM 107,3 - na qsuarta-feira 29 de novembro de 2017, às 7h30m)

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Abaixo as anotações do noticiário sobre os assuntos comentados:

A Polícia Federal afirmou em relatório enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal) na segunda (27) que há suficientes indícios de que Geddel Vieira Lima (PMDB), seu irmão, Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), e a mãe deles, Marluce Vieira Lima, cometeram os crimes de associação criminosa e lavagem de dinheiro. A afirmação é a conclusão da investigação do bunker de R$ 51 milhões, descoberto pela PF em um apartamento em Salvador (BA) em 8 de setembro, na operação Tesouro Perdido. Os ex-assessores dos peemedebistas Job Ribeiro e Gustavo Ferraz também são apontados como partícipes dos crimes. "[Os envolvidos] estiveram unidos em unidade de desígnios para a prática de crimes de lavagem de dinheiro, seja pelo ocultamento de recursos financeiros em espécie oriundos de atividades ilícitas praticadas contra a Caixa Econômica Federal, apropriação indevida de recursos da Câmara dos Deputados por desvios de salários de secretários parlamentares, caixa 2 em campanhas eleitorais, possível participação de Lúcio Vieira Lima em ilicitudes relacionadas a medidas legislativas e da participação de Geddel em organização criminosa", concluiu o delegado Marlon Cajado. O relatório diz que não é "crível" que alguém que tivesse a "absurda quantia" preferisse correr o risco de assalto a colocar em uma instituição financeira, se não fosse pelo propósito de "ocultar sua existência". Em segundo lugar, a polícia aponta que, com a "inteligência" de Lúcio, de Geddel e da mãe, não era crível que a família deixasse de ter rendimentos sobre a quantia milionária, o que só, segundo a PF, aconteceu porque o dinheiro não poderia ser declarado. A PF também aponta que o dinheiro que a família ganhava em postos de gasolina dos quais eram donos transitava em bancos, normalmente, da mesma forma os recebimentos de negócios agropecuários. Em outro relatório, que investigava o chamado "quadrilhão do PMDB na Câmara", a PF já havia dito que os R$ 51 milhões eram fruto de desvios da Caixa e relacionado o valor com corrupção envolvendo o PMDB. Geddel ocupou uma das vice-presidências do banco, a de Pessoa Jurídica, entre 2011 e 2013. O ex-ministro está preso desde setembro na Papuda (DF). A PGR (Procuradoria-Geral da República) deve apresentar denúncia nos próximos dias. O ministro Edson Fachin, do STF, revogou a prisão domiciliar de Job Brandão, que também não vai precisar usar tornozeleira eletrônica. Fachin atendeu a um pedido da defesa. A PGR se manifestou a favor da liberdade. Job disse aos investigadores que destruiu documentos a pedido dos Vieira Lima. Conforme informou a Folha de S.Paulo, o ex-assessor pretende provar que devolvia parte de seu salário da Câmara para os políticos. Ele estuda fazer um acordo de delação premiada com a PGR. OUTRO LADO O advogado Gamil Foppel, que representa Geddel, o irmão e a mãe, não atendeu às ligações e nem respondeu mensagens até as 20h. A defesa de Job Ribeiro afirmou que não concorda com a conclusão do relatório, porque "foi contraditório em relação aos fatos, às manifestações da PGR e à decisão de Fachin". Os advogados de Gustavo Ferraz disseram que "é descabido se cogitar de qualquer ato ou intenção da sua parte que se aproxime à lavagem de dinheiro".

 

O novo diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, reuniu-se com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), nesta terça-feira (28), para discutir a reforma da Previdência. Maia, que é alvo da Lava Jato, recebeu o diretor da PF em um café da manhã na residência oficial da presidência da Câmara.

Ao deixar o encontro, Segovia disse que a visita foi para "defender os direitos dos policiais". "A gente está lutando pelo nosso direito à aposentadoria, que o policial, ao longo da carreira, sofre bastante, a gente vê policiais mortos em combate, a dificuldade da segurança pública no país. Então perder direitos neste momento seria péssimo para o policial que hoje enfrenta a corrupção, enfrenta diversos problemas no país", afirmou.

O diretor-geral da PF disse defender tempo de aposentadoria, integralidade e paridade. "São direitos fundamentais para o exercício da atividade policial", disse.

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Eduardo Cunha vai continuar preso. Pelo placar de 8 votos a 1, a maioria do Supremo decidiu na tarde de hoje negar o pedido de liberdade feito pela defesa do ex-presidente da Câmara. Os ministros Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux, Dias Toffoli, Celso de Mello, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes votaram a favor da manutenção da prisão do político. Marco Aurélio Mello foi o único a concordar com a liberdade.

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A defesa do ex-deputado questionava a decisão do juiz Sérgio Moro, alegando que ele descumpriu uma decisão do STF ao determinar a prisão de Cunha. Segundo os advogados, Moro não poderia ter decidido a prisão de Eduardo Cunha baseado nos mesmos fatos que o STF determinou seu afastamento da Câmara dos Deputados.

Eduardo Cunha está preso desde outubro de 2016. Ele é réu em três ações ligadas a operação Lava Jato. Na ação que o levou a prisão, ele é acusado deter recebido R$ 5 milhões em propina advinda de dinheiro de contratos da exploração de petróleo da Petrobrás na África.

+ O ministro Edson Fachin defendeu que ele continue preso.

SONORA 2911 FACHIN

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O único ministro a votar pela soltura de Cunha foi Gilmar Mendes:

SONORA 2911 MENDES

 

Programa tucano gera críticas internas

Texto elaborado pelo PSDB é dúbio ao definir papel do Estado na economia e na defesa das privatizações, apontam teóricos da legenda

Pedro Venceslau, Vitor Marques e Marianna Holanda, O Estado de S.Paulo

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28 Novembro 2017 | 22h24

O PSDB apresentou, nesta terça-feira, 28, em Brasília, um documento com as diretrizes para reformular o programa partidário visando às eleições de 2018. Produzido pelo Instituto Teotônio Vilela (ITV), braço teórico da legenda, o texto virou alvo de críticas de economistas e intelectuais tucanos logo após seu lançamento.

++ Programa do PSDB defende 'choque de capitalismo' e privatizações

++ 'Documento do PSDB é fraco e cheio de platitudes', diz economista tucana

 

Com 15 páginas, o texto defende de forma genérica um "choque de capitalismo", ao mesmo tempo que prega que o Estado deve ser "indutor do desenvolvimento". O programa afirma ainda que "o livre mercado não é capaz de assegurar distribuição mais equânime das riquezas produzidas" e admite a manutenção de empresas estatais, embora defenda, em linhas gerais, a privatização.

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O desembargador federal João Pedro Gebran Neto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), indeferiu liminarmente nesta terça-feira, 25, o mandado de segurança impetrado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra o bloqueio de bens determinado pelo juiz federal Sérgio Moro.

O advogado Cristiano Zanin alegou que o crime pelo qual Lula foi condenado envolveu apenas o apartamento triplex, já confiscado na sentença, 'sendo inadequado o sequestro de valores e bens de origem lícita'. O advogado ressaltou que os bens bloqueados foram adquiridos antes dos fatos apontados na ação criminal. Ainda segundo a defesa 'não existe risco de dilapidação do patrimônio do ex-presidente'.

 

 

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