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Direto ao assunto

É o que temos pra jantar

Se Temer ficar, podemos almejar o difícil. Se Dilma voltar, salvar o Brasil do caos em que afundou com ela será impossível.

Por José Neumanne
Atualização:

Dedo de Dilma aponta pra baixo Foto: Estadão

Quinta-feira 3 de junho de 2016 17 horas

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O dia surgiu cheio de más notícias na economia: recordes negativos de todos os lados. E as previsões que, se não chegam a ser otimistas, ao menos indicam certa inflexão da tendência de queda e vêm pontuadas por versões deletérias de combate militante, mesmo nos noticiários de grandes jornais, gerando mudanças de ânimo de senadores quanto ao destino do País em cujas sujas mãos repousa a decisão a ser tomada em pelo menos cinco meses (muito tempo, não acha?) se Dilma volta ou Temer fica. Isso não seria digno de atenção pelo longo tempo a percorrer até o julgamento definitivo de Dilma. De parte das fontes anônimas na certa por quererem valorizar o próprio passe, seja em que moeda for. E dos meios de comunicação que a reproduzem de forma muito leviana para alimentar perspectivas para soluções fantasiosas como eleição direta para a Presidência já ou com intenção de incrementar vendas apostando no valor de mercado do mau agouro. Sem atinar para o fato de que seu custo será maior do que seu lucro. As notícias negativas deveriam dotar comunicadores e parlamentares de mais responsabilidade e civismo. Mas, pelo visto, elas só açulam a nefasta interferência ideológica ou o mau caráter profissional dos espíritos de porco propriamente ditos. A tal ponto que me repugna até citar os nomes dessas hienas desumanas. Que lixo!

A respeito do tema, o editorial do Estadão hoje é tiro e queda. Clique no link abaixo, leia, decore, imprima, enquadre e ponha no lugar de maior destaque em sua casa para nunca esquecer. Não adira automaticamente, apenas medite a respeito:

Clique aqui para ler o editorial do Estadão citado

Por enquanto, nossa única missão é evitar que Dilma volte para nos devolver ao inferno de dantes. Outras discussões ficam para depois. É o que acho. Não quero impor minha opinião, mas a deixo clara na mesa do debate no Estado Democrático de Direito em que vivemos. É meu direito e meu dever.

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Pense bem a respeito. É tudo o que lhe peço, em nome dos 200 mil negociantes que fecharão as portas de seus negócios nestes dois anos de queda livre e dos 14 milhões de patrícios que a crise desempregará e desgraçará a vida. É o que temos para jantar. Não é pro jantar, não. É verbo, não substantivo. Não é pro jantar de hoje. É pra jantar todos os dias doravante. Uma opção entre o difícil e o impossível.