Na terça-feira 19, em que foram registrados oficialmente, 1.179 mortos pelo novo coronavírus no Brasil, o presidente da República, Jair Bolsonaro, esbanjou cinismo, frieza e perversidade ao fazer uma piada de péssimo gosto na live que fez no blog do jornalista pernambucano Magno Martins. "Direita toma cloroquina e esquerda toma tubaína", disse e repetiu várias vezes a comparação sem nexo entre a droga com a qual planeja combater a pandemia e o refrigerante barato. O deslize foi cometido ao anunciar e justificar o novo protocolo sobre uso do medicamento para malária em casos leves de covid-19, a ser assinado na quarta-feira de manhã pelo ministro provisório da Saúde, general Eduardo Pazuello. A gargalhada que acompanhou a rima comprovou com sobras seu desprezo pela vida alheia.
Assuntos do comentário de quarta-feira 20 de maio de 2020:
1 - Haisem - Mais de mil mortes por dia e 1 a cada 7 casos no mundo - Esta foi a manchete de um dia de cão na edição de hoje do Estadão, mas o presidente Jair Bolsonaro não perdeu a chance de debochar de cada uma dessas tragédias. Até quando vamos tolerar o intolerável, Nêumanne
2 - Carolina - A cloroquina e o crime de responsabilidade - É o título do primeiro editorial da página de Opinião do Estadão de hoje. Que lições este texto nos traz para este momento difícil
3 - Haisem - Bolsonaro entregou, sem hesitar, a chave do cofre bilionário do FNDE ao Centrão - é o título de reportagem publicada na primeira página do Portal do Estadão. Qual a palavra que resume sua reação a esta notícia de um ato asqueroso do chefe dó Executivo
4 - Carolina - Celso de Mello ficou incrédulo com vídeo da reunião ministerial - revelou outro título da capa do Portal do Estadão. O que motivou a surpresa do decano do Supremo Tribunal Federal e a que reação dele ela pode levar
5 - Haisem - Aliados de Flávio Bolsonaro citados em 'vazamento' tiveram sigilos quebrados - Eis mais um título da capa do Portal do Estadão hoje. A que conseqüências esta devassa anunciada pode levar na prática, em sua opinião
6 - Carolina - O que ainda há a dizer sobre o fuzilamento do adolescente João Pedro Mattos, de 14 anos, e a forma como a família foi tratada pela Policia Federal e pelos policiais do Rio depois dessa execução em São Gonçalo no Grande Rio
SONORA NEILTON 2005A