José Nêumanne
01 de abril de 2019 | 10h37
Bolsonaro e Netanyahu sacudiram a poeira do retrato de Osvaldo Aranha e puseram Brasil e Israel de mãos dadas de novo. Foto: Alan Santos/PR
Declaração de amor a Israel em hebraico, feita por Bolsonaro em sua visita àquele país, antes de seu passeio turístico da segunda-feira, repõe o Brasil no lado certo de um Estado democrático e de um povo que participa de um conflito milenar e historicamente tem sido vítima de perseguição por preconceito étnico e religioso. O presidente tirou a poeira do retrato de Osvaldo Aranha, que presidiu a reunião da ONU que criou o Estado de Israel, e recuou da decisão de transferir a embaixada brasileira para Jerusalém, mantendo-a em Tel Aviv, ouvindo conselho do general Augusto Heleno, um bom sinal de que, enfim, o chefe do governo começa a ouvir pessoas lúcidas, sensatas, cultas e inteligentes, que escolheu para ficar a seu lado no governo. Direto ao assunto. Inté. E mesmo no dia da mentira só a verdade nos salvará.
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